Os Estados Unidos e a China concordaram com os parâmetros para implementar um acordo comercial após dois dias de negociações em Londres, disse o negociador chinês, Li Chenggang, a repórteres na quarta-feira (11) na China, de acordo com a emissora estatal chinesa CGTN.
Os dois lados “concordaram em parâmetros para implementar o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado durante suas conversas telefônicas em 5 de junho e nas negociações em Genebra no mês passado”, disse Li.
As autoridades norte-americanas e chinesas agora levarão a proposta de volta aos seus líderes para aprovação, disse o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, a repórteres em um briefing separado em Londres, informou a Reuters.
“A ideia é que vamos voltar e conversar com o presidente Trump para garantir que ele aprove. Eles vão voltar e conversar com o presidente Xi para garantir que ele aprove, e se for aprovado, implementaremos a estrutura”, disse Lutnick.
A última rodada de negociações, realizada na segunda (9) e terça-feira (10), ocorreu após um telefonema há muito aguardado na semana passada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping.
A ligação pareceu aliviar as tensões que surgiram no último mês, após o anúncio de um acordo surpresa em Genebra, em maio.
Após negociações na cidade suíça, os dois lados concordaram em reduzir drasticamente as tarifas sobre os produtos um do outro por um período inicial de 90 dias. Inicialmente, o clima era otimista.
No entanto, o sentimento azedou rapidamente devido a dois principais pontos de discórdia: o controle da China sobre os chamados minerais de terras raras e seu acesso à tecnologia de semicondutores originária dos EUA.
Lutnick disse que as restrições da China às exportações de minerais de terras raras e ímãs para os EUA serão resolvidas como uma parte “fundamental” do acordo-quadro, de acordo com a Reuters.
“Além disso, houve uma série de medidas que os Estados Unidos da América adotaram quando essas terras raras não estavam chegando”, disse Lutnick. “É de se esperar que elas sejam aplicadas, mais ou menos como o presidente Trump disse, de forma equilibrada.”
A CNN Internacional entrou em contato com a Casa Branca para comentar.
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