Ataque drones da Rússia em Kharkiv deixa mortos e 57 feridos, diz Ucrânia

Um ataque de drones russos contra Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, no meio da noite, matou pelo menos duas pessoas e feriu 57, incluindo sete crianças, informaram autoridades regionais na quarta-feira. A ofensiva durou cerca de nove minutos.

Os ataques intensos com 17 drones provocaram incêndios em 15 apartamentos de um prédio residencial de cinco andares e causaram outros danos na cidade próxima à fronteira com a Rússia, disse o prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov.

“Há impactos diretos em prédios de vários andares, residências particulares, playgrounds, empresas e transporte público”, disse Terekhov no aplicativo de mensagens Telegram.

“Apartamentos estão queimando, telhados estão destruídos, carros estão queimados, janelas estão quebradas”, acrescentou

Uma testemunha da Reuters viu equipes de resgate ajudando a retirar pessoas de prédios danificados e prestando atendimento, enquanto bombeiros combatiam as chamas no escuro.

Nove dos feridos, incluindo uma menina de 2 anos e um menino de 15 anos, foram hospitalizados, informou Oleh Sinehubov, governador da região de Kharkiv, no Telegram. Ele acrescentou que os ataques também atingiram uma estação de trólebus e vários prédios residenciais.

O exército ucraniano afirmou que a Rússia lançou 85 drones durante a noite, 40 dos quais foram abatidos.

As forças ucranianas também disseram que nove drones foram perdidos – uma referência ao uso de guerra eletrônica pelos militares ucranianos para redirecioná-los – ou eram simuladores de drones que não carregavam ogivas.

“As principais áreas do ataque aéreo são as regiões de Kharkiv, Donetsk e Odessa”, disseram os militares no aplicativo de mensagens.

Não houve comentários imediatos da Rússia. Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, resistiu ao avanço em larga escala russo nos primeiros dias da guerra e, desde então, tem sido alvo frequente de ataques com drones, mísseis e bombas aéreas guiadas.

O ataque noturno ocorreu após os dois maiores ataques russos na guerra contra a Ucrânia nesta semana, parte de um bombardeio intensificado que Moscou afirmou ser uma retaliação aos recentes ataques de Kiev na Rússia.

Ambos os lados negam ter como alvo civis na guerra que a Rússia lançou contra seu vizinho menor em fevereiro de 2022. Mas milhares de civis morreram no conflito, a grande maioria composta por ucranianos.

“Estamos resistindo. Estamos nos ajudando. E certamente sobreviveremos”, disse Terekhov. “Kharkiv é a Ucrânia. E ela não pode ser quebrada”, concluiu.

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