Incêndio atinge aterro de lixo em Belém e cidade fica encoberta por fumaça

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Aterro do Aurá, antigo lixão de Belém, na madrugada desta quarta-feira (11), em Ananindeua, região metropolitana da capital. Ninguém ficou ferido.

O sinistro acabou espalhando uma densa nuvem de fumaça sobre diversos bairros da capital paraense. O fogo, que teria começado em uma área conhecida como “Pátio 1”, mobilizou o Corpo de Bombeiros, a Prefeitura e as forças de segurança.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Pará, uma equipe especializada segue no local para combater as chamas. A Polícia Civil detalhou em nota que os suspeitos de envolvimento no crime ambiental foram conduzidos à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) para prestar depoimento.

Além disso, na terça-feira (10) um funcionário da empresa Ciclus foi preso em flagrante. Ele responderá em liberdade, mediante pagamento de fiança, pelo crime ambiental e permanece à disposição da Justiça. Equipes do Núcleo de Crimes Ambientais, Polícia Científica do Pará, realizaram perícia na área do Lixão do Aurá para verificar o descarte irregular de resíduos.

Veja as cenas abaixo:


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A área atingida, segundo a empresa Ciclus Amazônia, responsável pela gestão de resíduos sólidos no município, não está sob sua operação direta, sendo historicamente marcada por ocupações irregulares e, segundo autoridades, por atuação de organizações criminosas.

Em nota, a Ciclus Amazônia informou que acionou imediatamente os órgãos competentes ao tomar conhecimento do incêndio e prestou total apoio às ações de combate.

A empresa reforçou que cumpre rigorosamente as normas ambientais, está em processo de licenciamento para encerramento e remediação do Aterro do Aurá, e também trabalha no projeto de um novo Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) para a Região Metropolitana de Belém.

Já a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), declarou que exigirá da Ciclus explicações sobre o incidente e cobrará reforço na segurança e na fiscalização da área.

Em nota, o município reforçou que, embora a investigação esteja em curso, a responsabilidade pela segurança do Aterro é da empresa, conforme contrato de licitação vigente.

“As causas do incêndio serão investigadas. No entanto, a segurança da área é de responsabilidade da empresa Ciclus”, pontuou a Sezel.

A fumaça provocada pelo incêndio atingiu diversos bairros da cidade, como Icoaraci, Tapanã, Águas Lindas e até partes do centro, comprometendo a qualidade do ar e causando desconforto à população.

O antigo lixão havia sido desativado oficialmente em 2014, mas ainda segue cercado por problemas estruturais, sociais e ambientais.

A origem das chamas ainda é desconhecida e será investigada por órgãos como a Polícia Científica e o Corpo de Bombeiros.

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