Roberto Soriano foi considerado culpado de ser o mandante da morte de servidor federal Alex Belarmino de Souza, emboscado com 23 tiros em 2016. Acusado de mandar matar agente penitenciário é condenado
Após oito dias de julgamento, a Justiça Federal condenou Roberto Soriano, ex-líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), a 44 anos e 8 meses de prisão pela morte do agente penitenciário federal Alex Belarmino de Souza. O crime ocorreu em setembro de 2016, em Cascavel, no oeste do Paraná.
A sentença foi proferida na noite de segunda-feira (9), encerrando os julgamentos do chamado “caso Belarmino”, realizados pelo Tribunal do Júri Federal em Curitiba.
Belarmino foi emboscado e morto com 23 tiros enquanto se deslocava para ministrar um curso de tiro na Penitenciária Federal de Catanduvas, onde atuava temporariamente. Ele tinha 36 anos e era lotado em Brasília.
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Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a ordem para o assassinato partiu da cúpula do PCC como forma de represália à atuação dos servidores do sistema prisional federal. O MPF destaca que grupo determinava a morte de agentes, mesmo sem conhecê-los, como forma de intimidar o Estado.
Roberto Soriano foi condenado por homicídio qualificado — por motivo torpe, emboscada, uso de arma de fogo e contra agente público no exercício da função —, além de integrar organização criminosa. A pena deverá ser cumprida em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
De acordo com o MPF, o julgamento foi transferido para Curitiba por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por motivos de segurança. O processo de Soriano foi desmembrado do dos demais acusados e julgado pela 13ª Vara Federal da capital.
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Outros envolvidos
Roberto Soriano foi sentenciado a 44 anos pela morte de Alex Belarmino.
Reprodução
A ação penal relacionada ao assassinato de Alex Belarmino reuniu 15 réus. Até agora, treze já foram condenados em julgamentos realizados entre 2021 e 2023.
Além de Belarmino, o MPF afirma que outros dois servidores do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) foram mortos pela facção nos anos de 2016 e 2017. Um agente lotado em Mossoró (RN) e a psicóloga Melissa Almeida, executada em frente à própria casa, em Cascavel, em 2017.
Melissa também trabalhava na Penitenciária de Catanduvas. De acordo com o Ministério Público, ela foi alvo por ser considerada “de fácil alcance” após ter a rotina monitorada. Soriano também foi condenado por esse crime, em agosto de 2023, junto com outros três envolvidos. A pena estabelecida para ele foi de 31 anos de prisão.
O g1 tenta contato com a defesa de Roberto Soriano
Acusado de mandar matar agente penitenciário é condenado
RPC
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