
Os casos de síndromes respiratórias já impactam a rede pública de saúde do Paraná, com necessidade de abertura de leitos. A afirmação foi feita pelo secretário estadual da pasta, Beto Preto, em entrevista à BandNews FM na manhã de desta (quarta-feira, 11). De acordo com o gestor, o impacto principal se concentra nos grandes hospitais, que abrigam a maior quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do estado.
Segundo o secretário, nas últimas três semanas, o número de pacientes na fila por um leito de UTI ou transferência para enfermaria aumentou 60% no Sistema Único de Saúde (SUS) paranaense. A demora é pressionada principalmente pelo aumento de casos respiratórios que evoluem para quadros de internamento.
No começo deste mês, o Paraná entrou em estado de alerta contra vírus respiratórios. Desde o início do ano, já foram mais de 10 mil casos confirmados e 523 mortes em hospitalizações por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) no estado. Entre abril e o fim de maio, na comparação com o mesmo período de 2024, o número de casos hospitalizados aumento de 43%. Diante do cenário, a resolução de alerta ainda levou a um plano de ação que inclui o recebimento de 100 mil testes rápidos de Influenza A, Influenza B e Covid.
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O secretário também reforça a abertura de leitos no estado.
Beto Preto ainda destacou que, diferente de anos anteriores, em 2025, o vírus Influenza é o de maior circulação no Paraná. Os dados são da Rede Sentinela, que coleta semanalmente exames de pacientes internados por síndromes respiratórias e que procuram o sistema de saúde do estado.
Existe vacina gratuita contra o vírus Influenza para toda a população acima dos seis meses de idade. Em relação ao público-alvo, apenas 40% foi imunizado contra a gripe neste ano – abaixo da meta de 90%. Os números divulgados pela Sesa mostram ainda que, em 2025, dos 991 casos hospitalizados e 85 mortes por Influenza, apenas nove pacientes estavam vacinados contra a gripe.
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De acordo com o secretário, o desafio é mudar a forma de se comunicar para tentar ampliar a imunização.
Na entrevista, o secretário ainda afirmou que o risco para quem não tomou vacina chega a ser 15 vezes maior que para quem foi imunizado.
Confira a entrevista completa:
Reportagem: Bárbara Hammes