A Polícia Militar de São Paulo informou que os drones que causaram caos no Aeroporto de Guarulhos na noite desta quarta-feira (11) estavam sendo usados por traficantes para monitorar a chegada de uma carga de pasta base de cocaína ao terminal. A informação foi confirmada pelo capitão Alexandre Guedes, da PM.
Segundo ele, o objetivo dos criminosos era acompanhar possíveis movimentações policiais nos arredores do aeroporto. No momento em que os agentes se aproximaram do local de operação dos drones, os suspeitos fugiram e abandonaram a droga. Ninguém foi preso até o momento.
O Comando de Aviação da Polícia Militar afirmou que foi acionado, por volta das 22h30, pela Força Aérea Brasileira (FAB), para apoiar uma ocorrência registrada nas proximidades do Aeroporto Internacional de Guarulhos, relacionada ao possível uso indevido de drones em área de segurança do tráfego aéreo.
“Passou à direita da asa”: piloto avisou torre sobre drones em Guarulhos
“A equipe do Águia 12 realizou buscas no local, com o uso de imagiador térmico e farol de busca, por cerca de uma hora. No entanto, nenhum drone foi localizado. O Comando de Aviação permanece à disposição das autoridades competentes para colaborar com as ações de fiscalização e segurança”, completa a nota da PM.
A presença dos drones na cabeceira da pista causou a suspensão temporária de pousos e decolagens em Guarulhos, levando ao desvio e atraso de dezenas de voos.
Voos foram desviados para outros aeroportos, como o de Viracopos, em Campinas. Estima-se que, entre pousos e decolagens, os impactos tenham sido de mais de duas horas de interrupção durante a noite de quarta-feira.
A GRU Airport afirmou que as autoridades competentes foram acionadas e as operações já estão normalizadas. “A GRU Airport reforça que o uso de drones nas imediações do sítio aeroportuário coloca em risco a aviação e a integridade das pessoas”, alertou a concessionária.
