O Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou os sargentos da Marinha do Brasil Bruno Santos de Lima e Manoel Vitor Silva Soares pela morte do perito da Polícia Civil Renato Couto de Mendonça. O crime aconteceu no dia 13 de maio de 2022, e a sentença foi proferida no último sábado (7).
Bruno foi sentenciado a 25 anos e 8 meses de reclusão, enquanto Manoel Vitor recebeu uma pena de 23 anos e 10 meses, ambos por homicídio qualificado. Além das penas de prisão, os dois militares também perderam seus cargos públicos por decisão judicial.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o perito investigava a receptação de materiais de uma obra de sua responsabilidade, que haviam sido furtados e encontrados em um ferro-velho na Praça da Bandeira, zona norte do Rio, de propriedade de Lourival Ferreira de Lima, pai de Bruno.
Na ocasião, os sargentos teriam abordado Renato Couto em frente ao estabelecimento, disparado contra ele e, em seguida, lançado seu corpo — ainda com vida, conforme a acusação — no Rio Guandu, na divisa entre os municípios de Japeri e Seropédica.
Lourival Ferreira de Lima foi absolvido da acusação de homicídio qualificado, mas condenado por fraude processual. A pena aplicada foi de seis meses de detenção em regime aberto e 20 dias-multa.
O cabo da Marinha Daris Fidélis Motta, também acusado inicialmente, foi absolvido de todas as acusações.
A CNN tenta contato com a defesa dos militares.