
As autoridades que investigam a morte do trabalhador de 37 anos, que caiu de uma altura de 30 metros no canteiro de obras da ponte de Guaratuba, no sábado (14), ainda não sabem o que ocasionou o acidente. O que foi constatado até o momento é que o homem utilizava equipamentos de segurança, como o capacete e o talabarte — um dispositivo com ganchos nas extremidades, que prende o trabalhador a um ponto de ancoragem seguro. O equipamento é utilizado com um cinto de segurança ou cadeirinha, e permite que o trabalhador se prenda a estruturas conforme se movimenta, para evitar quedas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o trabalhador, identificado como Jimael dos Santos Braga, estava em uma grua sobre uma balsa atracada na Baía de Guaratuba, quando caiu no convés da embarcação. As circunstâncias da queda ainda são desconhecidas. A escada em que ele estava conta com barras de contenção e grades para impedir esse tipo de acidente.
O trabalhador morreu após sofrer um traumatismo craniano grave. O consórcio responsável pela obra é o “Nova Ponte”, contratado pelo Departamento de Estradas e Rodagem. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná diz que o profissional era devidamente treinado e contava com todos os equipamentos de segurança necessários. O órgão afirma que a obra segue todos os procedimentos de segurança exigidos e que vai colaborar para esclarecer os fatos. O canteiro de obras da ponte foi inaugurado em outubro de 2023. O investimento é de R$ 386,9 milhões, com prazo total estimado de dois anos para a execução.
A ponte, entre Guaratuba e Matinhos, é promessa antiga de vários governos, e promete resolver o problema atual de travessia, que acontece via ferry-boat. A ponte terá 1.244 metros de extensão. Serão quatro faixas de tráfego e calçadas com ciclovia nos dois lados, com três metros de largura. A chegada à Guaratuba será pelo bairro Caieiras. A margem norte da PR-412 deve ser alargada para facilitar o encaixe na estrutura da ponte.