O Conselho de Segurança da ONU se reunirá ainda nesta sexta-feira (13) para discutir os ataques de Israel contra o Irã.
Isso acontece após o enviado israelense à ONU afirmar que a operação militar continuará até que as capacidades nucleares e a operação de mísseis balísticos do Irã sejam eliminadas.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, solicitou a reunião do conselho em uma carta ao órgão, afirmando que Israel “já cruzou todas as linhas vermelhas e a comunidade internacional não deve permitir que esses crimes fiquem impunes”.
“O Irã reafirma seu direito inerente à legítima defesa, consagrado no Artigo 51 da Carta da ONU, e responderá de forma decisiva e proporcional a esses atos ilegais e covardes”, escreveu Araghchi.
O Artigo 51 da Carta da ONU abrange o direito individual ou coletivo dos Estados à legítima defesa contra ataques armados.
Araghchi, em sua carta ao Conselho de Segurança, afirmou que Israel não apenas violou a soberania do Irã, mas também cometeu “atos de agressão e crimes de guerra”.
Israel lançou uma série de ataques contra o Irã, pontuando que atingiu instalações nucleares e fábricas de mísseis no que pode ser uma operação prolongada para impedir que os iranianos construam uma arma atômica.
“Não sabemos quanto tempo levará [para terminar os ataques]”, afirmou o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, a repórteres.
“Continuaremos agindo até sabermos que eliminamos as ameaças”, concluiu.
“Os objetivos da nossa operação são muito claros: garantir que o Irã não tenha capacidade nuclear e interromper a operação de mísseis balísticos. Explicarei ao conselho… e espero que o Conselho de Segurança entenda”, ressaltou.