As perdas não técnicas — conhecidas como “gatos” de energia — que vem de furtos com ligação clandestina e desvio direto da rede, geraram um prejuízo de R$ 10,3 bilhões em 2024, segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
As 10 maiores concessionárias, cuja capacidade é maior do que 700 GWh, são responsáveis por 74% do montante das perdas não técnicas no Brasil devido ao tamanho do mercado e à maior complexidade de se combater as perdas.
Delas, as empresas Light, do Rio de Janeiro, e Amazonas Energia são as duas primeiras colocadas no ranking e respondem por 34,1% do prejuízo total.
Na outra ponta, as empresas que registraram menor perda foram Energisa Sergipe e Energisa MR.
Mesmo que a Aneel limite o valor que pode ser incluído na tarifa consumidor, o repasse foi de aproximadamente R$ 7,1 bilhões, de acordo com o relatório.
O montante consta no relatório como perdas não técnicas regulatórias, ou seja, o prejuízo decorrente de furto reconhecidas pela regulamentação e, portanto, que podem ser repassadas à população.
O custo real do repasse na conta de energia varia por distribuidora.
“O combate ao furto de energia é um desafio, sobretudo, diante dos grandes mercados brasileiros e da complexidade do serviço de distribuição. Por essa razão, a ANEEL estabelece limites regulatórios, a fim de incentivar as distribuidoras a reduzirem os percentuais de furto de energia ao longo dos anos”, diz a agência em nota.
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