O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou nesta sexta-feira (13) dados sobre os refugiados no Brasil na última década. Entre 2015 a 2024, 454.165 mil pessoas de 175 países diferentes solicitaram refúgio no país.
Houve uma prevalência de solicitantes de homens ao longo deste período, sendo 2015 o ano a registrar a maior diferença proporcional, com 76,4% homens e 20,9% mulheres.
As principais nacionalidades solicitantes nos últimos anos são:
- Venezuelanos – 266.862
- Cubanos – 52.488
- Haitianos – 37.283
- Angolanos – 18.435
Os solicitantes destes quatro países representaram 82,6% do total de registros de refúgio entre o ano de 2015 e 2014.
Dados de 2024
Somente no ano de 2024, 68.159 mil refugiados, de 130 países, realizaram a solicitação, o que representa um acréscimo de 16,3% comparado aos registros do ano passado.
Neste ano, os países com maior número de pessoas requerentes são a Venezuela, com 27.150; Cuba, 22.288 e Angola, 3.421. Os cubanos destacaram-se com uma variação positiva de 94,2% em relação a 2023.
Em 2024 os homens representaram 59,1% do total de solicitantes, enquanto as mulheres indicavam 40,9%. Entre as nacionalidades, Cuba apresenta a menor variação de distribuição por gênero: 53% homens e 46,9% mulheres.
Já em relação as idades, 24,3% das mulheres solicitantes possuem menos de 15 anos de idade. Enquanto o grupo de idade de 25 a 39 anos é majoritariamente composto pelo gênero masculino, com 63,2% em comparação ao gênero feminino.
O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), vinculado ao MJSP, decidiu 67.791 das solicitações de refúgio em 2024. Durante a pesquisa, 44,4% das solicitações recebidas pelo Conare foram protocoladas em unidades federativas da Região Norte do Brasil.
Segundo divulgação, o estado de São Paulo concentrou o maior número de solicitações neste ano, 36,1%, seguida por Roraima (35,6%) e pelo Amazonas (5,1%).
O Conare reconheceu 13.632 indivíduos como refugiados em 2014. Ao final deste ano existiam 156.612 refugiados reconhecidos no país.