Macron diz que Irã é responsável por desestabilizar a região

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta sexta-feira (13) que o Irã tem grande responsabilidade pela desestabilização do Oriente Médio e que avançou com um programa nuclear injustificado. Mesmo assim, ele pediu moderação após o ataque de Israel ao Irã.

“O Irã tem responsabilidade pela desestabilização de toda a região”, afirmou o líder francês.  “Apoiou o Hamas, o Hezbollah e os Houthis, acolheu o ataque terrorista de 7 de outubro, após o qual 50 compatriotas perderam a vida, e ainda mantém dois reféns franceses, Cécile Kohler e Jacques Paris. E quero reiterar às suas famílias nossa solidariedade e nossa determinação em garantir sua libertação.”

Depois de um dia de conversas com líderes regionais e internacionais, após os bombardeios israelenses a alvos militares iranianos, incluindo instalações nucleares, Macron disse que Teerã está perto de um “ponto crítico” para adquirir uma arma nuclear. O Irã nega repetidamente ter essa intenção.

Embora tenha apelado por contenção, Macron reconheceu que retomar os esforços diplomáticos, especialmente as negociações dos EUA com o Irã sobre o acordo nuclear iniciadas há dois meses, será difícil.

“E assim, afirmo com a maior clareza, o risco dessa marcha rumo às armas nucleares por parte do Irã ameaça a região, a Europa e a estabilidade coletiva”, prosseguiu. “Não podemos viver em um mundo onde o Irã possui a bomba atômica, porque ela representa uma ameaça existencial e uma ameaça à nossa segurança coletiva.”

Alertando para possíveis impactos na economia global, Macron afirmou que a França defenderá Israel caso o país seja atacado pelo Irã, como já fez no passado, mas descartou participar de qualquer operação militar contra Teerã.

França e Israel, aliados tradicionais, têm tido relações tensas nos últimos meses, com Macron cada vez mais crítico da guerra de Israel em Gaza.

Macron destacou que o apoio da França a Israel não é incondicional e que Paris tem o direito de discordar de algumas decisões do governo israelense porque “elas às vezes vão contra os interesses de segurança de Israel.”

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