Este sábado (14) marca um ano da morte de Dalton Trevisan, um dos maiores nomes da literatura brasileira e ícone cultural de Curitiba.
A obra completa do escritor ganhará novas edições pela editora Todavia, com início neste mês de junho. Já estão à venda seis livros de Dalton: “O vampiro de Curitiba”, “Desgracida”, “Ah, é?”, “Pão e sangue”, “Chorinho Brejeiro” e “O beijo na Nuca”; além da antologia inédita “Educação Sentimental do Vampiro”, organizada por Caetano W. Galindo e Felipe Hirsch.
Ao longo dos próximos anos, a editora deve lançar todos os 37 livros publicados pelo autor em vida, e todos contarão com trechos de diários, cartas para amigos, bilhetes, desenhos e mais materiais de apoio.
Relembre a vida de Dalton Trevisan
Nascido em Curitiba em 14 de junho de 1925, Dalton Trevisan formou-se em Direito e exerceu a advocacia por sete anos antes de se dedicar à fábrica de cerâmicas da família. Sua estreia literária aconteceu em 1945, aos 20 anos, com a novela “Sonata ao Luar”.
Entre 1946 e 1948, foi editor da revista Joaquim, que se destacou por reunir grandes nomes da literatura brasileira, como Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade.
Trevisan só ganhou notoriedade no Brasil no ano de 1959, quando publicou “Novelas Nada Exemplares”, título que lhe rendeu o Prêmio Jabuti. Conheça as principais obras do contista.
Com uma escrita minimalista e centrada em questões psicológicas, além de um comportamento reservado, Trevisan ficou conhecido como o “Vampiro de Curitiba”.
A parir dos anos de 1970, ele se retirou da vida pública e da mídia, optando por viver de forma isolada em Curitiba, onde sua residência se tornou um ponto de interesse literário. Em 2022, lançou uma antologia de contos, publicada por ele mesmo, com uma tiragem limitada a 50 exemplares.
Ele morreu aos 99 anos, em 2024.
Relembre a obra de Dalton Trevisan
Dalton escreveu cerca de 50 obras, entre contos, romances e novelas.
Ao longo da carreira, Trevisan conquistou grandes prêmios para autores em língua portuguesa, como Camões (2012) e o Jabuti (1960, 1965, 1995 e 2011). Além disso, o escritor também se consagrou com o Prêmio Machado de Assis (2011) – considerado o mais importante da Academia Brasileira de Letras.
Seus livros “revelam uma Curitiba sombria, mas também lírica, onde a banalidade do cotidiano convive com dramas intensos”, escreveu a secretária de cultura na postagem sobre o falecimento.
Algumas de suas obras de destaque são:
- “Novelas nada Exemplares” – 1959
- “Cemitério de Elefantes” – 1964
- “O Vampiro de Curitiba” 1965
- “Mistérios de Curitiba” – 1968
- “A Guerra Conjugal” – 1969
- “A Polaquinha” – 1985
- “Macho não ganha flor” – 1006
- “Quem tem medo de vampiro?” – 1998
- “111 Ais” – 2000
- “O beijo na nuca” – 2014
*Com informações de Caroline Ferreira, da CNN
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