Israel não tolera que Irã desenvolva um programa nuclear, diz especialista

Uma nova escalada de tensões iniciou no Oriente Médio após Israel lançar um ataque contra uma instalação nuclear no Irã na madrugada da última sexta-feira (13). O pesquisador de Harvard e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vitelio Brustolin, analisou a situação em entrevista à CNN Brasil.

Segundo Brustolin, Israel e Irã nem sempre foram inimigos. O Estado de Israel, criado em 1948, foi inicialmente reconhecido pelo Irã, que na época era governado por uma monarquia apoiada pelos Estados Unidos. A ruptura ocorreu em 1979, com a Revolução Islâmica no Irã.

“Israel não tolera que o Irã tenha um programa nuclear. E como o Irã declaradamente quer a destruição do Estado de Israel, Israel vem há muito tempo sabotando esse programa nuclear”, explicou o especialista.

Avanço do programa nuclear iraniano

O professor destacou que o Irã estava próximo de produzir suas primeiras ogivas nucleares, tendo urânio enriquecido suficiente para fabricar nove ogivas, além de cerca de 3 mil mísseis que poderiam ser utilizados como armas nucleares.

Brustolin ressaltou que o Irã é o segundo país mais sancionado no mundo, ficando atrás apenas da Rússia. As sanções afetam diversos setores, incluindo a força aérea iraniana, que opera com caças antigos e obsoletos.

Tratados e regulações internacionais

O especialista explicou que o Irã faz parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que permite o enriquecimento de urânio para fins pacíficos. No entanto, em 2002, foram descobertas instalações de enriquecimento de urânio para fins bélicos no país.

Em 2015, um acordo nuclear foi estabelecido entre o Irã e potências mundiais, prevendo fiscalizações rigorosas pela Agência Internacional de Energia Atômica. Contudo, os Estados Unidos se retiraram do acordo em 2018, e desde então, as tentativas de reativá-lo não tiveram sucesso.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.