A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, 47, foi um dos destaques do primeiro dia da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, na sexta-feira (13). Entrevistada pela atriz Taís Araújo, 46, a escritora falou sobre a importância da cultura como ferramenta de democracia e da literatura como formação de opinião.
Durante o evento, Taís conta que criou um clube do livro inspirado no objetivo de Chimamanda de fazer mulheres lerem outras mulheres. A escritora, então, diz que é “fantástico” que a atriz tenha um clube do livro e completa afirmando: “Nós precisamos fazer os homens lerem mais. Eu estou realmente aberta a sugestões de como fazer isso. Eu acho que muitos dos problemas do mundo seriam resolvidos se conseguíssemos fazer com que os homens lessem mais.”
Após ser ovacionada pelo público, Chimamanda explica que acredita que a literatura tem o poder de moldar pensamentos e ter acesso a pontos de vista diferentes. “Quando você está lendo uma história, você está acessando a cabeça de outra pessoa. Eu acho que isso te ajuda na vida, a lidar com conflitos. Porque você percebe que nem tudo é sobre você. A literatura te ajuda a ver que existem muitos tipos diferentes de pessoas no mundo, e diferentes histórias, e diferentes pontos de vista”, completa.
Chimamanda também expressa preocupação com o fato de os jovens atualmente não lerem tanto quanto antigamente, ressaltando que para ela, os livros foram fontes de prazer, alegria e aprendizado. “Uma coisa maravilhosa na literatura é que você sente prazer no que você está aprendendo. Você não percebe que está aprendendo. Você está aprendendo através da história”, afirma.
A Bienal do Livro teve início na sexta-feira (13) e se estende até o dia 22 de junho, no Riocentro, zona oeste da capital fluminense. Considerado o maior de literatura e entretenimento do país, a Bienal deste ano reúne diversos autores renomados da literatura nacional e internacional.
Dentre os destaques nacionais, estão Itamar Vieira Junior, Raphael Montes, Jeferson Tenório, Conceição Evaristo, Aline Bei, Marcelo Rubens Paiva, Ailton Krenak, Drauzio Varella, Pedro Bial, Tati Bernardi, Lázaro Ramos e mais.
Confira a programação completa da Bienal do Livro do Rio 2025.
Prêmio Jabuti: “Sempre Paris” é eleito livro do ano 2024