Israel afirmou ter invadido celas de uma prisão no centro do país, após autoridades ouvirem detentos “expressando alegria” durante uma rodada de ataques aéreos iranianos contra o território israelense.
“Durante a recente rodada de combates, sons de comemoração foram ouvidos de detentos criminosos residentes nos territórios palestinos” em uma prisão no centro de Israel, informou o serviço prisional do país no domingo (15).
A unidade de elite “Metzada” do serviço prisional foi chamada para invadir as celas e retirar os envolvidos.
Em um vídeo compartilhado pelos serviços prisionais, tropas armadas foram vistas invadindo uma prisão, apontando armas para detentos que se abrigavam no chão de suas celas.
Um dos homens foi visto deitado de bruços enquanto um policial amarrava suas mãos com uma braçadeira de plástico, outro foi vendado.
Vários detentos foram então retirados de suas celas, curvados, com os braços amarrados atrás das costas.
O serviço prisional afirmou que os homens foram levados a um tribunal disciplinar e “posteriormente disciplinados”, sem especificar como.
A operação foi realizada como parte da política de “tolerância zero” do Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, para quem expressar apoio aos adversários de Israel.
Política de Tolerância Zero
Durante visita a Petah Tikva, cidade central israelense onde quatro pessoas foram mortas em ataques iranianos durante a noite, Ben Gvir reiterou nesta segunda-feira (16) que as autoridades reprimirão qualquer pessoa que faça “demonstrações de alegria” com os ataques do Irã contra Israel.
“Há tolerância zero neste assunto. A polícia prendeu algumas pessoas, e eu as apoio — esta é precisamente a minha política”,
declarou o ministro nesta segunda-feira.
O político de extrema-direita fez referência às “imagens” de guardas prisionais entrando nas celas com espingardas para “restaurar a ordem” nas prisões.
“Esta é a política que eu quero”, disse ele. “Tolerância zero para demonstrações de alegria. Tolerância zero para aqueles que apoiam o Irã. Apoiar o Irã é apoiar o terrorismo, e qualquer um que apoie o terrorismo deve ser detido.”