
Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em leve alta de 0,01%, cotada a R$ 5,5427. A bolsa de valores encerrou com uma queda de 0,43%, aos 137.213 pontos. Notas de dólar
Reuters
O dólar opera em queda de 0,25% nesta segunda-feira (16), cotado a R$ 5,5303 às 9h05. O Ibovespa só começa a operar após as 10h.
▶️ Os investidores seguem monitorando a escalada do conflito entre Israel e Irã, mas agora com um tom mais cauteloso do que alarmado. O confronto chegou ao quarto dia nesta segunda, sem previsão de cessar-fogo, e com um balanço de mais de 200 mortes no Irã e 22 em Israel, incluindo crianças.
Na semana passada, a escalada das tensões no Oriente Médio fez os preços do petróleo dispararem mais de 8%. A principal preocupação é se os ataques vão afetar o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de um quinto do consumo total de petróleo do mundo.
Neste contexto, as ações da Petrobras subiram mais de 2%, na contramão do Ibovespa, que encerrou em queda, assim como grande parte dos mercados mundiais, diante da maior aversão ao risco dos investidores por causa do confronto.
▶️ Nesta semana, o confronto Israel-Irã divide as atenções do mercado com a “Superquarta”, quando o Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, vão definir as taxas de juros dos países.
No Brasil, as opiniões do mercado financeiro sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) estão divididas. A maior parte acredita que o cenário já possibilita uma interrupção do ciclo de alta dos juros, mas há bancos que projetam um novo aumento da Selic para 15% ao ano.
Nos EUA, a expectativa é que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas. Os mercados ainda apostam em duas flexibilizações até dezembro, sendo a primeira em setembro.
Entenda abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Petróleo chega a subir mais de 14% mas cotação perde força ao longo do pregão
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,48%;
Acumulado do mês: -3,07%;
Acumulado do ano: -10,31%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: -0,58%;
Acumulado da semana: +0,82%
Acumulado do mês: +0,14%;
Acumulado do ano: +14,07%.
Israel X Irã
O mais grave confronto direto entre Irã e Israel continua a se intensificar e chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (16), após um fim de semana marcado por centenas de mortes, ataques diurnos e de longo alcance. A escalada do conflito preocupa líderes mundiais e aumenta a tensão entre as potências do Oriente Médio.
Israel lançou a “Operação Leão Ascendente” com um ataque surpresa na sexta-feira (13), matando parte da cúpula militar iraniana e danificando instalações nucleares. O Irã respondeu com mísseis que atingiram áreas residenciais e instalações de petróleo em Israel.
▶️ Para os mercados, o conflito desencadeou um sentimento de aversão ao risco, levando os investidores a buscar refúgio em ativos seguros, como o dólar e o ouro.
Neste contexto, o dólar ganhou força em relação a outras moedas fortes, enquanto as bolsas de valores mundiais recuaram.
Além disso, os preços do petróleo dispararam por causa da preocupação sobre a interrupção do fornecimento do produto. Mas o Irã afirmou que suas instalações não foram danificadas até o momento.
Nesta segunda-feira, os investidores estão mais calmos e se concentram nas próximas decisões sobre juros no Brasil e nos EUA (leia mais abaixo). Os preços do petróleo recuaram ligeiramente e os futuros do índice de ações de Nova York subiram.
Satélite mostra instalações nucleares de Natanz, no Irã, antes e depois dos ataques
‘Superquarta’
A próxima quarta-feira (18) é uma “Superquarta”, quando coincidem as reuniões que definem as taxas de juros dos Estados Unidos e do Brasil.
Por aqui, a maior parte do mercado, segundo pesquisa conduzida pelo BC na semana passada com mais de 130 instituições financeiras, acredita que o cenário já possibilita uma interrupção do ciclo de alta dos juros — que vigora desde setembro do ano passado.
“O Copom deve encerrar o ciclo de aperto monetário em junho, mantendo a Selic em 14,75% ao ano, mas sinalizando estabilidade da taxa por um período prolongado”, diz o Itaú, em comunicado.
Entretanto, há bancos que projetam um novo aumento na taxa básica da economia para 15% ao ano.
A taxa atual de 14,75% é a maior no Brasil em quase 20 anos.