Entenda como novo radar de R$ 4,8 milhões da Unicamp pode ajudar a prever eventos climáticos extremos


Estrutura deve começar a operar em dezembro em fase experimental. Antena pesa 3,5 toneladas e será instalada numa torre de 10 metros de altura. Em fase de instalação, o novo radar adquirido pelo Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, promete ajudar a prever e monitorar a formação de eventos meteorológicos extremos e gerar alertas às autoridades.
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A estrutura, que custou US$ 865,4 mil (equivalente a aproximadamente R$ 4,8 milhões), deve começar a operar em dezembro em fase experimental. A antena pesa 3,5 toneladas e será instalada numa torre de 10 metros de altura.
“Ele tem um ângulo, um alcance, onde ele consegue detectar com grandes detalhes, tanto no tempo quanto no espaço, o deslocamento de fenômenos extremos, as chuvas que estão ocorrendo, o volume de chuvas. Quando a gente tem a medição da direção e intensidade do vento, a gente consegue detectar fenômenos extremos, por exemplo”, explica a meteorologista Ana Ávila, do Cepagri.
Segundo a Unicamp, o radar vai captar informações com alta precisão em uma área de até 60 km. Fabricado nos Estados Unidos, o aparelho faz uma varredura horizontal, em 360º, refletindo com mais precisão horários e áreas afetadas por chuvas e tempestades, por exemplo.
A expectativa é que, quando o radar entrar em operação, as previsões do tempo sejam ainda mais assertivas. “Ele vem para complementar toda essa quantidade de instrumentos que nós já possuímos. Ele vem para nos ajudar nessa questão dos avisos e alertas, então além de ter essa ferramenta, nós precisamos ter pessoas trabalhando em turnos, 24h, que possam acompanhar”, afirma Ávila.
Novo radar está em fase de instalação na Unicamp
Reprodução/EPTV
Impactos
Os produtores rurais Eduardo e Margareth Ishibashi moram em uma propriedade com quase 600 pés de goiaba em Valinhos (SP). A produção garante o sustento da família e depende muito do clima e das previsões do tempo.
“Esse clima desse ano, a partir do final do ano passado, o clima mudou. Tanto é que a goiaba está meio fora de controle. […] A meta eram mais ou menos 30 mil caixas por ano, e esse ano já não esperamos isso por causa do tempo. A época que tem que chover não choveu, e a goiaba precisa de água”, diz Eduardo.
Diante do cenário de estiagem previsto para as próximas semanas, a família optou por fazer irrigação diretamente no pé, e os demais trabalhos vão depender do que as previsões vão indicar.
“Se [a previsão] for bem mais precisa do que é agora, vai ajudar bastante, porque é primordial. Seria bem melhor para a gente, para a nossa produção”, afirma Margareth.
Margareth e Eduardo Ishibashi produzem goiabas em Valinhos (SP)
Reprodução/EPTV
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