Operação mira diretoria do DAE e vereador por suspeita de fraude e corrupção na instituição em Várzea Grande (MT)


Operação investiga situações em que foi dificultado o acesso dos moradores à ligação de água, com problemas artificialmente criados, além da cobrança de propina. Vereador Pablo Pereira (UB) também é investigado e foi afastado do cargo.
Reprodução
A Polícia Civil cumpriu 123 mandados contra uma organização criminosa investigada por fraude e corrupção, instalada na diretoria do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG). Segundo a polícia, um dos investigados é o vereador Pablo Pereira (UB), que foi afastado do cargo.
Assessoria da Câmara de Vereadores do município informou que ainda não foi notificada, e que foi feita uma busca e apreensão no gabinete parlamentar.
A polícia informou que a operação identificou diversas situações em que foi dificultado o acesso dos moradores à ligação de água, com problemas artificialmente criados, além da cobrança de propina.
Ainda de acordo com as investigações, os crimes eram de conhecimento do chefe do setor, que é apontado como um dos líderes da organização criminosa.
Estão sendo afastados das funções 15 servidores da diretoria comercial do DAE, um servidor da Câmara de Vereadores do município e um funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços na Diretoria Comercial do DAE.
DAE em Várzea Grande (MT)
DAE-VG
Cobrança indevida
Conforme a polícia, a investigação identificou a cobrança de valores para a execução de serviços que deveriam serem feitos pelo DAE aos consumidores, e prejuízos para a autarquia em razão da exclusão ilegal de débitos e também e diminuição indevida de valores de faturas, tudo mediante recebimento de dinheiro por servidores.
Em relação apenas às duas últimas espécies de fraudes, a estimativa é que, desde 2019, o poder publico tenha sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 11,3 milhões.
Medidas cautelares
Também foram determinadas cinco medidas cautelares contra 11 investigados — sendo sete servidores da Diretoria Comercial do DAE e um ex-servidor do mesmo setor. As medidas são:
Proibição de manterem contato entre si e com os demais investigados
Proibição de acessar os prédios e dependências do DAE
Proibição de manterem contato e se aproximarem das testemunhas
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