Mulher mentiu que tinha câncer para aplicar golpes, conclui polícia


Kamilla Morgana foi indiciada por estelionato e usava dinheiro para levar vida de luxo e fazer procedimentos estéticos, segundo a polícia. Vítima denunciou ter tido prejuízo de R$ 53 mil. Kamilla Morgana e mensagens enviadas à vítimas de golpes, em Goiás
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) concluiu que Kamilla Morgana Mendes Borges mentiu sobre ter câncer para aplicar golpes, conforme informações do delegado Igomar de Souza. Ao g1, o delegado explicou que a mulher foi indiciada por estelionato em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
“O inquérito foi concluído com elementos de informações e provas que demonstram de forma clara que investigada obteve vantagem indevida em prejuízo alheio”, explicou o delegado.
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Procurada pelo g1 na quarta-feira (7), a defesa da suspeita declarou que só vai se pronunciar sobre o caso judicialmente.
O indiciamento aconteceu na última sexta-feira (9), e a suspeita está presa desde o dia 30 de julho. A investigação revelou que a mulher fingia ter a doença para pedir doações, segundo a polícia.
“Qualquer vítima que porventura se apresentar irei incluir ou instaurar um novo inquérito a depender das circunstâncias apresentadas”, ponderou o delegado.
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Entenda o caso
Kamilla Morgana Mendes Borges foi denunciada pelo professor de artes Gustavo Henrique de Moura. Ele relatou que, durante as aulas que dava para Kamilla e seu filho, a mulher alegava ter câncer de mama, que teria se espalhado pelo corpo. Ela usava uma bandana para cobrir os cabelos e chegou a fazer vídeos em uma cama de hospital para pedir dinheiro nas redes sociais.
“Quando eu ia ensinar ela a desenhar, ela tremia e fingia fraqueza. Por ter esse contato com ela e a família, não pensei que faria uma maldade”, declarou Gustavo.
O professor informou que pagou boletos enviados pela mulher, que alegava serem para custear tratamentos. Gustavo Henrique afirmou ter tido um prejuízo de R$ 53 mil.
De acordo com a polícia, Kamilla usava o dinheiro das doações para levar uma vida de luxo, incluindo o custeio de procedimentos estéticos e até aluguel de apartamentos de alto padrão.
“Ela tinha uma vida de gastos, de luxos. Ela alugava até apartamento de alto padrão. Ela usou desse artifício para sensibilizar e emocionar a vítima, que acreditava estar ajudando o próximo, num ato de generosidade. Mas, infelizmente, era tudo mentira”, declarou Igomar de Souza Caetano.
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