Eleição em São Paulo: candidatos reagem à agressão durante debate

Na noite desta segunda-feira (23), um dos assessores do candidato Pablo Marçal (PRTB), Nahuel Medina, agrediu Duda Lima, marqueteiro do candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), durante debate promovido pelo Grupo Flow.

Nos últimos segundos do programa, após a expulsão do empresário do debate, Medina deu um soco em Duda Lima, que teve um corte no supercílio.

O marqueteiro foi ao Hospital Albert Einstein realizar exames, enquanto Nahuel Medina foi encaminhado à delegacia, onde prestou esclarecimentos.

Em agenda na manhã desta terça-feira (24), o atual prefeito disse que teve “uma noite muito difícil” e que seu marqueteiro foi “covardemente agredido”.

“Essa noite foi uma noite muito difícil. Fiquei até às 4 horas da manhã com Duda Lima, que foi covardemente agredido por uma pessoa da equipe do candidato Pablo Marçal. Eu não dormi, devido a tensão, vivendo aquele momento terrível, horrível, ao ver Duda Lima agredido, machucado, ferido, tomou seis pontos, mas ultrajado por uma agressão covarde”, afirmou.

Já a campanha de Pablo Marçal chamou a agressão de “reprovável”, mas defendeu Medina.

“Em um lamentável episódio que ocorreu durante o debate no Flow, a importância da inteligência emocional ficou evidente. Duda Lima, marqueteiro de Nunes e conhecido por sua atuação na última campanha de Bolsonaro, perdeu o controle e, de forma inaceitável, agrediu o assessor Medina, arranhando seu peito e jogando seu celular no chão, conforme registrado em vídeo. Após essa agressão, Duda continuou a proferir zombarias e, diante desse cenário, Medina também reagiu de maneira reprovável, perpetuando um ciclo de agressão física que é inaceitável, principalmente em ambientes de debate”, informa a nota.

Veja o que disseram os outros candidatos:

Guilherme Boulos (PSOL)

Em vídeo publicado nas redes sociais logo após o fim do debate, Boulos lamentou o ocorrido.

“Qual que é a coisa lamentável, gente? Eu não sei se vocês estavam vendo, mas devem ter percebido que o debate foi meio interrompido antes do encerramento”, disse.

“Repudiamos toda a violência, não podemos aceitar isso… essa baixaria que já, desde antes de o debate começar, estava entre Nunes e o Marçal, mas vamos seguir em frente”, completou.

Tabata Amaral (PSB)

A candidata do PSB, Tabata Amaral, disse – também em rede social – que agressão é “desrespeito com a população”.

“Mais uma vez, a violência toma conta de um debate que deveria ser feito para a população. É um desrespeito com o paulistano e uma vergonha pra maior cidade do país, que deveria ser farol para todas as outras”, escreveu.

José Luiz Datena (PSDB)

Em conversa com jornalistas após o debate, Datena disse que eleições estão sendo transformadas em um “ambiente muito tóxico e lamentável”.

“As provocações à democracia estão transformando essas eleições em um ambiente muito tóxico e lamentável”, disse Datena. “Eu não tenho muito a dizer, eu só espero, meus amigos e minhas amigas, que o nível dessas eleições termine bem”, afirmou.

Marina Helena (Novo)

Marina Helena, do partido Novo, também comentou a agressão em conversa com jornalistas na noite desta segunda-feira (23), no pós-debate.

“Não se imagina que, na hora que você está escolhendo o prefeito da maior cidade da América Latina, você de fato tenha que passar por isso, tenha que repensar essas regras”, afirmou.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Eleição em São Paulo: candidatos reagem à agressão durante debate no site CNN Brasil.

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