Profissionais da saúde recebem capacitação para reduzir mortalidade materna, neonatal e infantil na Terra Yanomami


Mais de 30 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam no território e nas unidades que atendem indígenas em Boa Vista, capital de Roraima, recebem a qualificação. Ministério da Saúde capacita profissionais que atuam na Terra Indígena Yanomami.
Ministério da Saúde/Divulgação
Um projeto do Ministério da Saúde (MS) qualifica profissionais para reduzir a mortalidade materna, neonatal e infantil na Terra Indígena Yanomami.
A ação de capacitação tem foco na assistência às urgências e emergências obstétricas, neonatais e infantis na atenção primária indígena
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Participam da capacitação 35 médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais da rede local que atuam no território, na maternidade Nossa Senhora de Nazareth, Casa de Saúde Indígena (Casai), polos-base e Unidades Básicas de Saúde Indígenas, e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Eles são ensinados sobre a prevenção e o manejo de hemorragia, infecção e hipertensão pós-parto, além de reanimação neonatal, transporte adequado e o uso do traje antichoque não pneumático (TAN) – equipamento usado em áreas remotas que proporciona o transporte seguro de pacientes até um hospital.
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De acordo com o Ministério, as principais causas da mortalidade materna no território são hemorragias pós-parto, infecções puerperais/sepse e eclâmpsia, uma complicação da gravidez caracterizada por hipertensão arterial.
Já a mortalidade infantil está associada a pneumonias e doenças respiratórias, seguidas por desnutrição, diarreia, gastroenterites e septicemias, que ocorrem nos primeiros dias de vida, doenças e condições evitáveis.
“A gente planejou essa formação para médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, incidindo sobre essas principais causas de mortalidade e, ao mesmo tempo, também entregamos materiais que são fundamentais tanto para realizar a reanimação neonatal quanto para evitar o agravamento de situações de hemorragia. Com a formação e os equipamentos corretos, certamente estamos garantindo o cuidado a esse público e salvando vidas”, explicou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço.
Esta é a segunda turma que capacita médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem de Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI), neste formato. A primeira formação foi realizada em julho de 2024.
Ao todo, 70 profissionais do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami já receberam a qualificação. Kits do traje antichoque e de reanimação neonatal também foram entregues.
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