Perícia aponta medicamento como possível contaminante de água que fez estudantes passarem mal em escola no RN


Polícia Civil acredita que contaminação aconteceu na garrafa de um dos alunos, que foi compartilhada com outros. Itep realizou perícia em bebedouro e garrafas na sexta-feira (9)
Cedida
Um laudo preliminar do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte aponta um medicamento como o possível contaminante da água que fez 10 alunos passarem mal em uma escola pública da zona rural de Governador Dix-Sept Rosado, no Oeste potiguar.
Os estudantes passaram mal e foram levados a unidades de saúde na última quinta-feira (8). A suspeita é de que os adolescentes tenham ingerido um tipo de benzodiazepínico, provavelmente o medicamento diazepan, misturado à agua, segundo o perito criminal Clélio Diogo.
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Segundo a Polícia Civil, a água pode ter sofrido a contaminação em uma garrafa que teria sido compartilhada entre os colegas.
Os peritos colheram amostras de sangue e de urina de um dos estudantes que ficou internado no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. O resultado apontou a presença do fármaco.
O estudante relatou aos peritos que após ingerir a água sentiu um gosto amargo e, pouco tempo depois, teve tontura e uma queda de pressão.
De acordo com o perito, a concentração da substância não seria suficiente para causar problemas mais graves aos estudantes. “Esses fármacos são seguros. Para causar morte, precisam de uma dose muito alta mesmo. O que não foi o caso. Ela foi alta, mas não atingiu o que a gente chama na toxicologia de dose letal”, disse.
Responsável pelas investigações, o delegado Caio Fábio, informou que a principal hipótese da polícia é de que não houve envenenamento, mas “uma contaminação na água através de uma diluição de um remédio (possivelmente diazepan) em uma garrafa particular de um dos alunos que foi compartilhada com outros”.
O delegado informou ainda que o médico que atendeu as crianças foi ouvido pela polícia e confirmou que os sintomas apresentados são compatíveis com o tipo de substância identificada no laudo do Itep.
A Polícia Civil ainda vai ouvir outras pessoas na escola, inclusive as crianças que receberam atendimento.
A escola continua interditada e sem aulas. Nesta segunda-feira (12), o município informou que realiza uma limpeza completa nos reservatórios de água e na unidade como um todo. Ainda não há previsão de prazo para retomada das atividades.
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