Banco Mundial quer liberar US$ 100 milhões em fundos emergenciais para o Líbano

A ideia é incluir a quantia aos empréstimos já existentes ao país, por meio de cláusulas especiais. O Banco Mundial quer liberar fundos de emergência para o Líbano. A ideia é incluir até US$ 100 milhões (R$ 546,3 milhões) aos empréstimos já existentes ao país, por meio de cláusulas especiais. A afirmação foi feita pela diretora de operações da instituição, Anna Bjerde, à agência de notícias Reuters.
Atualmente, o Banco Mundial tem US$ 1,65 bilhão (aproximadamente R$ 9 bilhões) em empréstimos ao país, incluindo uma concessão de US$ 250 milhões (R$ 1,4 bilhão) aprovada nesta semana, voltada para ajudar a conectar projetos de energia renovável dispersos no país.
Em meio aos combates vistos no sul do Líbano, a instituição estava discutindo maneiras de ajudar a apoiar a economia, inclusive por meio das chamadas cláusulas de Componente de Resposta Emergencial Contingente (CERCs, na sigla em inglês).
“Podemos usar nosso portfólio existente e liberar algum dinheiro para necessidades críticas de liquidez de curto prazo”, afirmou a diretora à Reuters.
Os CERCs estão presentes em cerca de 600 dos projetos existentes do Banco Mundial a nível global, e permitem redirecionar os fundos que ainda não foram desembolsados, se solicitado por um governo, por exemplo, após um desastre de saúde, ambiental ou durante um conflito, por exemplo.
Segundo Bjerde, no entanto, o Líbano ainda não solicitou esse redirecionamento.
O conflito entre o grupo extremista Hezbollah e Israel, que já dura um ano, escalou significativamente no Líbano nas últimas semanas.
Nesta segunda-feira (7), por exemplo, o Hezbollah disparou foguetes na terceira maior cidade de Israel, Haifa, enquanto as forças israelenses pareciam prontas para expandir as incursões terrestres feitas no sul do Líbano.
O governo libanês poderia optar por usar um programa de proteção social existente, que foi implementado durante a pandemia de Covid-19 e que permite o envio de apoio financeiro para indivíduos, disse Bjerde.
“Tem a vantagem de ser totalmente digital, então você pode alcançar as pessoas. Além disso, [o programa] pode ser verificado […] então provavelmente também usaremos isso para reforçar a rede de segurança social para aqueles que são particularmente afetados”, afirmou a diretora, destacando que 1 milhão de pessoas já foram deslocadas internamente no país.
Os ministérios das finanças e da economia do Líbano não haviam respondido às solicitações de posicionamento até a última atualização desta reportagem.
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