Justiça mantém preso presidente da Câmara de Boa Vista flagrado com ouro, armas e mais de R$ 20 mil no dia eleição


Genilson Costa (Republicanos) agora é investigado pela PF por suspeita de compra de votos na eleições municipais 2024. Polícia também acredita que ouro bruto encontrado no closet dele tenha relação com garimpo ilegal. Vereador Genilson Costa, presidente da Câmara Municipal de Boa Vista; PF encontrou ouro no closet dele
Reprodução/Instagram e arquivo pessoal
A Justiça Eleitoral decretou a prisão preventiva do vereador e presidente da Camara Muncipal de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos), em audiência de custódia nesta segunda-feira (7), um dia após a eleição desse domingo (6), quando ele foi preso em flagrante pela Polícia Federal com R$ 26 mil em espécie, arma e ouro.
O pedido para que a prisão em flagrante fosse convertida para preventiva foi do Ministério Público Eleitoral, por meio do promotor de Justiça Hevandro Cerutti, e acatada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral. Procurada, a defesa do vereador não enviou resposta até a última atualização da reportagem.
Genilson, que se reelegeu e foi o terceiro mais bem votado, foi preso pela PF quando investigadores cumpriam um mandado de busca e apreensão na casa dele, no bairro Cinturão Verde, zona Oeste de Boa Vista, por volta das 18h20 de domingo.
PF suspeita que listas com nomes encontradas no banheiro de Genilson eram para compra de votos
Reprodução
Parte dos R$ 26 mil foram encontrados no closet e no carro do vereador. Além disso, foram encontradas listas com nomes de possíveis eleitores rasgadas e descartadas no lixo do banheiro da casa. O ouro em estado bruto, cerca de 1,7 gramas, foi encontrado de um saco plástico.
“Assim entendo porque, além da quantia em espécie apreendida sem comprovação de origem (cerca de R$ 26.000,00), às vésperas do pleito eleitoral, tem-se, ainda, a apreensão de cerca quantidade de ouro sem origem comprovada. Ademais, as circunstâncias da prisão indicam os crimes de caixa dois eleitoral e captação ilícita de sufrágio de moto intenso e organizado. Isso porque, no dia da prisão, além do dinheiro, foram encontrados lista de eleitores na residência do flagranteado (rasgadas, indicando possível tentativa de destruição de provas)”, mencionou ao pedir a prisão preventiva, o que foi aceito pelo juiz.
As buscas na casa de Genilson foram autorizadas pela Justiça após solicitação da PF. Um dia antes, no sábado (5), ao conhecimento da Polícia Federal, por meio do Disk Denúncia Eleitoral, uma denúncia indicando intensa movimentação vinculada à compra de votos numa casa no bairro Santa Tereza, zona Oeste.
No imóvel, a PF afirmou ter encontrado aproximadamente 10 pessoas. Cada uma dela disse aos policiais que havia recebido R$ 100 e santinhos de Genilson. Segundo PF, essas pessoas “tinham acabado de receber o valor de uma outra pessoa que se encontrava dentro do imóvel e que referida quantia estava relacionada à “boca de urna””
*Esta reportagem está em atualização
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