Sabatina de Galípolo no Senado terá cobrança sobre juros e defesa de Campos Neto

Gabriel Galípolo será sabatinado nesta manhã para presidir o Banco Central. Parlamentares devem questionar Selic e defender atual presidente, com quem Lula protagonizou embates. A sabatina de Gabriel Galípolo para o cargo de presidente do Banco Central vai ser marcada por cobranças sobre juros, defesas do atual presidente do BC, Campos Neto, e questionamentos sobre os efeitos das guerras na nossa economia – e como o BC poderá agir.
Galípolo será sabatinado pelos membros da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Se for aprovado lá, o nome ainda será submetido ao plenário do Senado, o que pode acontecer ainda nesta terça-feira (8). Se aprovado, ele passa a comandar o BC em 2025.
O blog conversou com parlamentares sobre os questionamentos da sabatina e também teve acesso ao discurso do presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso.
Ele dirá que as guerras no Oriente Médio e a invasão russa na Ucrânia estão mexendo com o mercado do petróleo, de alimentos, de fertilizantes e afetando a geopolítica da Europa e do Oriente Médio. E que tudo isso está mexendo com o nosso país.
O senador também dirá que a inflação dá sinais de oscilação, e que pode subir e impactar os mais pobres. Haverá defesa enfática do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Vanderlan já disse a senadores que deixará claro na sabatina que Campos Neto tem conduzido sua gestão na ponta dos dedos, segurando a inflação. E que a melhora na avaliação do Brasil na Moody’s não exime o governo de cuidar das contas públicas e do crescimento da dívida.
Haverá cobrança clara sobre os dados do déficit nominal – que, para os senadores, são “assustadores”, escancaram a falta de coordenação entre o fiscal e o monetário e ajudam a entender a piora tão rápida da dívida bruta.
Segundo senadores, a sabatina deve ir até as 16h e, apesar das cobranças, o nome de Galípolo deve ser aprovado sem dificuldades – o clima tenso faz parte das sabatinas mas não impede a aprovação. Os parlamentares preveem também uma aprovação tranquila no plenário, em seguida.
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