Israel diz que “eliminou” sucessor de Nasrallah, líder do Hezbollah

Israel “eliminou” o sucessor do falecido líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta terça-feira (8).

“Eliminamos milhares de terroristas, incluindo o próprio Nasrallah, o sucessor de Nasrallah e o sucessor do sucessor de Nasrallah”, disse Netanyahu numa declaração em vídeo.

No sábado (5), uma fonte de segurança libanesa disse à CNN que o Hezbollah havia perdido contato com Hashem Safieddine depois que um ataque israelense nos subúrbios ao sul de Beirute o atingiu na sexta-feira (4). Acreditava-se que Safieddine seria um possível sucessor do líder do Hezbollah.

 

 

Netanyahu dirigiu-se diretamente ao povo do Líbano na declaração desta terça-feira, chamando-o para enfrentar o Hezbollah e “retomar o seu país”.

“Cristãos, drusos, muçulmanos – sunitas e xiitas – todos vocês estão sofrendo por causa da guerra fútil do Hezbollah em Israel”, disse Netanyahu.

“Temos a oportunidade de salvar o Líbano antes que caia no abismo de uma longa guerra que trará destruição e sofrimento semelhante ao que vemos em Gaza”, continuou ele.

A guerra de Israel contra o Hezbollah matou mais de 1.400 pessoas no Líbano, segundo o ministério da saúde libanês. Mais de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas desde a escalada dos combates no mês passado, disseram as autoridades libanesas.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Israel diz que “eliminou” sucessor de Nasrallah, líder do Hezbollah no site CNN Brasil.

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