Governo russo retira milhares de cidadãos de área vizinha à região invadida por militares ucranianos


A Rússia confirmou que 28 vilarejos caíram nas mãos dos soldados ucranianos – 180 mil moradores precisaram fugir. O governo da Rússia está retirando milhares de moradores de áreas de fronteira em reação à invasão militar deflagrada pela Ucrânia há quase uma semana.
Uma estratégia surpresa que está funcionando e que muda os rumos da guerra. A Ucrânia avançou na região de Kursk para forçar a Rússia a recolocar tropas de onde estava ganhando terreno. Nesta segunda-feira (12), o governo de Kiev anunciou controlar mil quilômetros quadrados do território russo — uma área do tamanho aproximado de cidades como Roma ou o Rio de Janeiro.
A Rússia confirmou que 28 vilarejos caíram nas mãos dos soldados ucranianos – 180 mil moradores precisaram fugir. Moscou declarou que 12 civis morreram nos ataques e mais de 120 ficaram feridos.
Governo russo retira milhares de cidadãos de área vizinha à região invadida por militares ucranianos
Jornal Nacional/ Reprodução
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que o objetivo da Ucrânia é chegar mais forte à mesa de negociação para discutir um cessar-fogo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rebateu que foi a Rússia que levou o conflito até a Ucrânia e que se Putin quer tanto lutar, então a Rússia precisa ser forçada a concordar com a paz.
A Ucrânia conseguiu vantagens usando ações táticas imprevisíveis e até vestindo os seus soldados com uniformes russos. Este já é o maior ataque ao território da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.
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Uma analista do Instituto Britânico de Políticas Internacionais alertou que os confrontos aumentam o risco de um acidente nuclear, porque em Kursk existe uma importante usina atômica.
Nesta segunda-feira (12), Rússia e Ucrânia também trocaram acusações sobre um incêndio na noite de domingo (11) na usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa. Não há sinal de radiação elevada.
Sem atribuir responsabilidade, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica criticou o que chamou de ataques imprudentes.
incêndio na noite de domingo (11) na usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa
Jornal Nacional/ Reprodução
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