Outubro Rosa: Auxiliar contábil baiana descobriu câncer de mama durante gestação


Gabrielle Brandão, de 24 anos, recebeu a notícia que tinha câncer de mama e estava grávida de três meses. Mulher descobre câncer durante gestação no interior da Bahia
Neste Outubro Rosa, mês de conscientização do câncer de mama, a auxiliar contábil Gabrielle Brandão, de 24 anos, tem dois grandes motivos para comemorar: o fim do tratamento contra a doença e a vida da sua filha, Aurora, de quatro meses.
Tudo começou em junho de 2023, quando Gabrielle percebeu um inchaço na mama direita e decidiu buscar ajuda médica. Após uma biópsia, no mês de outubro ela recebeu a notícia que possuía um carcinoma invasivo. O diagnóstico de câncer de mama veio acompanhado de uma surpresa ainda maior: Gabrielle estava grávida de três meses.
Quando soube da notícia, a junção da gestação com a luta contra o câncer parecia algo inimaginável para ela. No entanto, apesar da sugestão de alguns profissionais para interromper a gravidez, a auxiliar contábil optou por seguir adiante.
Auxiliar contábil baiana descobre câncer de mama durante gestação
Reprodução/TV Subaé
Assim, iniciou um percurso desafiador, que envolveu quimioterapia e pré-natal simultaneamente, totalizando 14 sessões de tratamento. Gabrielle é natural da cidade de Conceição do Jacuípe, mas mora em Feira de Santana há cerca de um ano.
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A preocupação com a saúde da bebê, Aurora, sempre esteve presente e os cuidados médicos garantiram que a medicação não afetasse a gestação. Aurora nasceu em 6 de junho deste ano, prematura, e precisou passar 15 dias em uma semi-UTI, apenas para ganhar peso.
“Aurora nasceu perfeita. A gente só precisou antecipar o parto porque ela não estava ganhando peso dentro da barriga. Junto com minha obstetra e oncologista, foi decidido fazer a cesária com 35 semanas. E daí já foi marcada a cirurgia para a retirada do nódulo (…) Minha vida hoje é em prol de Aurora”.
Aurora nasceu em 6 de junho deste ano, prematura, e precisou ficar 15 dias na semi-UTI
Reprodução/TV Subaé
A cirurgia para remoção do nódulo ocorreu poucos dias após o nascimento de Aurora e Gabrielle continuou o tratamento com mais sessões de quimioterapia.
Atualmente, ela está na fase de monitoramento da doença e faz uso de bloqueador hormonal. Gabrielle conta com o apoio da família, especialmente do marido, mãe e a avó, Maria das Graças, que se mudou de casa para ajudar ela.
“Foi muito complicado, eu tive que vir embora para cá, para tomar conta, porque a mãe dela trabalhava e o marido e a irmã saíam para trabalhar, então ela ficava sozinha”, contou a avó de Gabrielle.
O câncer de mama gestacional é raro, afetando uma a cada três mil mulheres. Ele é diagnosticado durante a gravidez ou até um ano após o parto.
O médico mastologista Thiago Kaique destaca que, embora o diagnóstico durante a gestação seja complexo, é possível estabelecer um plano terapêutico que preserve a vida da mãe e do bebê. Com diagnósticos precoces e tratamentos adequados, as chances de cura aumentam.
“O câncer de mama gestacional acontece em mulheres, geralmente, de 32 a 38 anos de idade. Existe o momento ideal para se iniciar a quimioterapia, radioterapia e cirugia, e medicações que não podem ser utilizadas. Tem também o apoio emocional para a paciente e o filho que está sendo gerado”, informou o médico mastologia.
Maria das Graças, avó de Gabrielle, se mudou de casa para ajudar ela durante o tratamento
Reprodução/TV Subaé
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