Queda de avião em parafuso em Vinhedo: o que já é possível saber e por que investigação é diferente de outras?


Nenhuma das 62 pessoas a bordo da aeronave sobreviveu neste que é considerado o 5º acidente mais fatal da história brasileira e aconteceu na ultima sexta-feira (9). Quatro dias após a queda da aeronave ATR 72 500, as caixas pretas do voo que decolou de Cascavel, no Paraná, e despencou em parafuso em Vinhedo, no interior de São Paulo, já foram encontradas — e as gravações já foram extraídas, segundo o Cenipa. Nenhuma das 62 pessoas a bordo da aeronave sobreviveu, neste que é considerado o 5º acidente mais fatal da história brasileira e aconteceu na ultima sexta-feira (9).
Para Ricardo Gallo, coordenador das editorias de Mundo e de Fato ou Fake do g1 e especializado na cobertura de aviação, “faltam peças para encaixar nesse quebra-cabeça” e entender as reais causas da queda da aeronave, “mas as informações disponíveis estão lá”.
“Os vídeos gravados permitem que você reconstitua e tire algumas conclusões sobre a dinâmica da queda. Por exemplo: não é visível ali nenhuma peça que tenha se desprendido do avião durante a queda”, disse ele em entrevista ao podcast O Assunto desta terça-feira (13).
Como explica Gallo, é possível ouvir barulho, o que indica que havia motores funcionando.
“Além disso, essa dinâmica é importante. Por que ela é diferente de outros acidentes? É comum em falhas estruturais o avião se despedaçar no ar. Então, cada peça vai parar num lugar. Isso tem um trabalho adicional de busca dessas peças”, explica Gallo.
Imagem feita por drone mostra trabalho das equipes de emergência em local da queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP), em 10 de agosto de 2024.
Carla Carniel/ Reuters
“O fato de você ter a mão um avião relativamente íntegro no chão — ele se espatifou, mas as peças estão lá, com os dois motores —, com a parte de trás do avião, com as caixas pretas, e você tendo acesso às conversas eventuais, conversas do controle de tráfego aéreo, os investigadores têm a mão todos os elementos possíveis para conseguir elucidar.”
Alguns corpos já foram identificados, embora o reconhecimento de todas as vítimas ainda não tenha prazo para terminar. A Polícia-Técnico Científica de São Paulo afirmou que as vítimas morreram de politraumatismo.
Ouça a íntegra do episódio aqui.
‘Gelo severo’ é hipótese mais provável
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