Natura tem prejuízo de R$ 859 mi no 2º tri em meio a pedido de recuperação judicial da Avon Products

O grupo brasileiro de cosméticos Natura anunciou no final da noite de segunda-feira (12) prejuízo líquido de R$ 859 milhões, alta de 17,4% sobre o desempenho também negativo de um ano antes, e um pedido de recuperação judicial da unidade Avon Products (API), comprada em 2020, nos Estados Unidos.

O aumento no prejuízo veio apesar de crescimento de 57,2% do resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), para R$ 670,8 milhões.

Segundo a Natura, o prejuízo veio com a contabilização de R$ 725 milhões gerado pela “reestruturação voluntária da API, que torna improvável continuar a reconhecer os ganhos obtidos com a otimização da estrutura corporativa da Avon, originalmente contabilizados no segundo trimestre de 2021”.

A empresa afirmou no balanço que, não fosse esse efeito, teria tido lucro de R$ 162 milhões.

A companhia, que há vários trimestres tenta reestruturar suas operações para ganhar rentabilidade, apresentou um fluxo de caixa livre negativo de operações continuadas em R$ 675 milhões, uma melhora de 21% sobre o desempenho de um ano antes.

A dívida líquida, excluindo leasing, somou R$ 2,1 bilhões ante R$ 275 milhões no primeiro trimestre deste ano, algo que a Natura classificou como “esperado” diante do pagamento de dividendos de cerca de R$ 1 bilhão e consumo de caixa de cerca de R$ 800 milhões, “relativo à sazonalidade anual e investimentos em contas a receber para continuar acelerando o crescimento saudável das vendas”.

“Espera-se que a alavancagem diminua significativamente no segundo semestre, à medida em que entramos em nossos trimestres de geração de caixa e seguimos impulsionando o crescimento do Ebitda”, afirmou a empresa.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Natura tem prejuízo de R$ 859 mi no 2º tri em meio a pedido de recuperação judicial da Avon Products no site CNN Brasil.

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