Lula pede ‘solução negociada’ sobre emendas parlamentares para evitar crise na base aliada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a seus líderes uma solução negociada sobre as emendas PIX para evitar uma crise na base aliada que prejudique a votação da agenda do governo no Congresso Nacional.
Lula disse à sua equipe concordar com a exigência de transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares, mas não quer uma briga entre Legislativo e Supremo Tribunal Federal que acabe atingindo a base aliada no Congresso.
Líderes partidários devem discutir o tema com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na primeira reunião após o recesso parlamentar.
Os deputados buscam uma resposta ao STF depois que o ministro Flávio Dino suspendeu o pagamento de emendas PIX até que Legislativo e Executivo definam regras de transparência e rastreabilidade.
A primeira reação foi paralisar a votação, já atrasada, do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025.
Líderes atribuem ao governo a decisão de Flávio Dino de suspender as emendas PIX e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, de pedir a inconstitucionalidade do mecanismo.
Os dois foram indicados pelo presidente Lula para o STF e para a PGR. Lula tem pedido a seus líderes que insistam não ter havido interferência no caso por parte do Palácio do Planalto.
Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência do projeto de regulamentação do comitê gestor do novo modelo tributário brasileiro.
Mas como essa é uma pauta de interesse também do Parlamento, a votação não foi considerada um teste para avaliar como estão os ânimos dos deputados aliados dentro do Congresso em relação ao presidente Lula.
A Câmara dos Deputados já analisa uma nova modalidade de emendas para substituir as PIXs, que são transferidas imediatamente para as prefeituras, sem nenhum tipo de identificação, nem do patrocinador da emenda nem onde os recursos serão aplicados. O procurador-geral Paulo Gonet considerou as emendas PIX inconstitucionais.
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