Relembre a relação de Washington Olivetto com a Democracia Corinthiana e o clube

Torcedor fanático, Washington Olivetto também fez parte de um capítulo importante da história do Corinthians. Ele foi um dos criadores do movimento conhecido como Democracia Corinthiana, em 1981, quando era vice-presidente do clube.

Olivetto morreu neste domingo (13), aos 73 anos, confirmou sua assessoria à CNN Brasil.

Em meio à ditadura militar da época, o futebol era fortemente usando como propaganda política. E o elenco do Corinthians era formado por jogadores com consciência política contraria ao regime, como Sócrates, Casagrande e Wladimir.

Foi assim, então, que o publicitário e vice-presidente do clube Washington Olivetto ajudou a criar o que ficou conhecido como Democracia Corinthiana.


O jogador Sócrates dá autógrafo a torcedor e veste a camisa número 8 do Corinthians com a inscrição “Dia 15 Vote”, na época da “Democracia Corinthiana”, no jogo contra o Juventus, no estádio do Pacaembu, pelo Campeonato Paulista de Futebol, em novembro de 1982. • ANTONIO LÚCIO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Slogans e faixas eram votados entre os jogadores

O Corinthians passava a ser utilizado como propaganda política contra a ditadura. Entre as ações, o time entrava em campo com faixas como “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”, uma crítica ao regime.

A democracia, vale apontar, não era só propagada, mas também adotada dentro do Corinthians. Os jogadores participavam diretamente das ações, votando na logo, nas mensagens das faixas e nos dizeres da camisa.


Rita Lee dividiu palco com líderes da Democracia Corinthiana em 1982
Rita Lee dividiu palco com líderes da Democracia Corinthiana em 1982 • Divulgação

Olivetto criou ainda um conselho de marketing para a ação, que contou com nomes como a cantora Rita Lee, que usava camisetas em shows, e o empresário Boni, que incluiu um personagem jogador do Corinthians na novela “Vereda Tropical”, da TV Globo.

Washington Olivetto escreveu livros sobre o Corinthians

A Democracia Corinthiana chegou ao fim em 1984, quando o então presidente do clube, Adílson Monteiro Alves, perdeu a eleição para Roberto Pasqua. Mas o movimento entrou para a história do futebol brasileiro.

Olivetto ainda escreveu dois livros tendo um de seus grandes amores, o Corinthians, como temática: “Corinthians, É Preto no Branco” (com Nirlando Brandão) e “Corinthians x Os Outros”.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Relembre a relação de Washington Olivetto com a Democracia Corinthiana e o clube no site CNN Brasil.

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