
Mulher está presa preventivamente. Segundo Gladis Beatriz Ferreira, mulher se aproximou de Paula Janaína Ferreira Melo, de 25 anos, prometendo presentes e exames. Paula Janaína Ferreira Melo, mulher grávida morta em Porto Alegre
Arquivo pessoal
“É diabólico. Minha filha foi na inocência pegar os presentes e foi morta”, disse a mãe de Paula Janaína Ferreira Melo, que, segundo a polícia, foi assassinada por uma mulher que, segundo a Polícia Civil, tentou roubar o bebê que ela gestava.
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O caso aconteceu em Porto Alegre e a suspeita está presa. O nome dela não foi divulgado. Segundo a Polícia Civil, Paula foi morta na segunda-feira (14), atraída até a casa da suspeita com a promessa de que ganharia presentes para o bebê.
A mãe da vítima, Gladis Beatriz Ferreira, 63 anos, conversou com a RBS TV na manhã desta quarta-feira (16). Segundo Gladis, a presa se aproximou da filha há cerca de dois meses. “A minha filha viu ela no Facebook, [a suspeita] dava doações e a minha filha se aproximou dela. Essa indivídua, essa assassina, morava no mesmo condomínio que eu moro, e eu não conhecia ela”, diz Gladis.
Segundo a mãe, a suspeita deu presentes e prometeu que pagaria uma ecografia para Paula.
No apartamento da suspeita, Paula teria sido agredida na região da cabeça. Após o assassinato, ela teria retirado o bebê da barriga e simulado um parto. O corpo da mãe da criança foi encontrado escondido debaixo de uma cama em um dos quartos do imóvel. O bebê, um menino de 9 meses, não sobreviveu.
Gladis Beatriz Ferreira, mãe de Paula Janaína, que foi assassinada em Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
Bebê levado ao hospital
O caso começou a ser investigado entre segunda (14) e terça-feira (15), depois que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou a suspeita, junto do bebê morto, até o Hospital Conceição.
A mulher foi convencida por médicos a fazer exames, o que até então ela vinha se recusando a fazer, que apontaram que ela não podia ser a mãe – levantando suspeitas da equipe hospitalar. A polícia foi chamada em seguida.
Conforme relato do Samu à polícia, vizinhos da suspeita entraram em contato por telefone para pedir ajuda para ela. No local, a equipe médica encontrou a mulher em um cenário que dava a entender que ela tinha dado à luz. De acordo com a delegada Graziela Zanelli, responsável pela investigação, a suspeita simulou o parto.
“Ela criou uma cena de que ela teria dado a luz, na sala, com sangue e a criança entre as pernas dela”, conta a delegada Graziela.
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A Polícia Civil descobriu que a suspeita conhecia a família da vítima, que residia no mesmo condomínio, sabia que ela estava grávida e planejou o crime.
“Ela tinha histórico de tentar engravidar e não conseguir. Teria perdido uma criança tempos atrás”, diz a delegada.
“Ela preparou para a criança nascer no mesmo dia do aniversário dela, 14 de outubro. A princípio, inventou para toda a família e amigos que estava grávida”, relata a delegada.
A Polícia Civil identificou que a suspeita teria adquirido um enxoval para o bebê, com roupas e fraldas. A participação do marido dela no crime é investigada. O homem foi detido.
A suspeita deve ser indiciada por homicídio, ocultação de cadáver e aborto.
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