Laudo da perícia descarta abuso sexual ou outros indícios de violência em caso de criança que chegou morta a hospital de Cabo Frio


O delegado responsável pelo caso afirmou que a causa da morte da menina segue indeterminada. Criança de 2 anos chega morta ao hospital; suspeita é de violência sexual em Cabo Frio
Mariana Couto/g1
O laudo da perícia do Instituto Médico Legal (IML) confirmou, após resultados dos exames, a ausência de evidências de morte violenta no caso da menina de dois anos e onze meses que chegou sem vida ao Hospital Otime Cardoso dos Santos, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, na tarde do dia 29 de julho.
Ou seja, ao contrário da suspeita levantada pelo hospital na época, não há indícios de crime sexual ou de qualquer outra forma de violência contra a criança. O delegado Alessandro Gabri, responsável pela investigação, afirmou que a causa da morte segue indeterminada. Segundo a família, a menina passou mal em casa dias depois de tomar cinco vacinas de uma só vez.
O advogado da família busca ter acesso completo ao inquérito para se posicionar publicamente.
A criança foi levada à unidade pelo pai e pelo irmão mais velho, de 18 anos, depois que a menina, segundo depoimento à Polícia Civil, passou mal quando estava sob os cuidados do irmão.
A Prefeitura, responsável pelo hospital, divulgou nota informando sobre a suspeita de abuso sexual e que os protocolos foram adotados, como o acionamento das autoridades policiais e encaminhamento do corpo da criança para o Instituto Médico Legal (IML).
O delegado explicou que a médica que atendeu a criança no hospital disse que encontrou lesões nas partes íntimas da menina, levando à suspeita de abuso sexual, mas, após a necropsia, nenhuma evidência de crime sexual ou de qualquer outra morte violenta foi constatada pela prova técnica. A polícia pediu urgência para obter o resultado dos exames nos materiais coletados, que ficaram prontos chegando a mesma conclusão da perícia inicial.
Em nota, na época, a Prefeitura explicou que a “gestão do hospital tomou as medidas cabíveis”, acionando os órgãos responsáveis.
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