Dólar abre em alta, ainda com expectativa por corte de gastos


Na última sexta, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,09%, cotada a R$ 5,7372, mas ainda acumulou perdas de 2,26% na semana. Já o principal índice de ações da bolsa de valores encerrou em queda de 1,43%, aos 127.830 pontos, no menor nível desde agosto. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (11), em mais um pregão em que o foco dos investidores são as contas públicas. O mercado aguarda, desde o fim das eleições municipais, o anúncio de um pacote de corte nos gastos que equilibre as contas do governo e possibilite o cumprimento do arcabouço fiscal.
Inicialmente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia sinalizado que as medidas sairiam na última semana. Mas, depois de três reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o pacote ainda não foi anunciado.
Além disso, segundo o ministro da Fazenda, Lula queria apresentar as medidas aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O pacote contém medidas legislativas, que precisam de apoio para aprovação no Congresso.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 9h, o dólar subia 0,75%, cotado a R$ 5,7805. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (8), a moeda subiu 1,09%, cotada a R$ 5,7372. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7903.
Com o resultado, acumulou:
queda de 2,26% na semana;
recuo de 0,76% no mês;
ganho de 18,23% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na sexta, o índice encerrou em baixa de 1,43%, aos 127.830 pontos, no menor nível desde 7 de agosto.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,23% na semana;
perdas de 1,45% no mês;
recuo de 4,74% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Desde o fim do segundo turno das eleições municipais, no final de outubro, o mercado aguarda o anúncio de um pacote de cortes de gastos. O objetivo é tentar equilibrar os cofres públicos e ajudar o governo a cumprir suas metas fiscais.
A equipe econômica passou a última semana inteira debruçada em reuniões com os ministérios para negociar a redução das despesas e, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o anúncio de como e de quanto serão esses cortes deve chegar em breve.
As propostas avaliadas, no entanto, têm encontrado resistência de ministros que não desejam perder recursos em suas áreas. Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou nove ministros de pastas que tratam das áreas econômica e social, além de outros nomes do governo.
O tema é importante para o mercado financeiro porque há uma percepção de que, sem os cortes, o governo não será capaz de honrar o arcabouço fiscal — que é o conjunto de regras que determina, entre outros pontos, quanto o país pode gastar.

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