‘Não estava indo na contramão, nem passei pela Linha Amarela’, diz motorista de aplicativo baleado após ser confundido com bandido


Em depoimento na delegacia, PMs admitiram ter efetuado 18 disparos. Bruno Patrocino Bastos, de 46 anos, deixa o Hospital Salgado Filho
Marcos Coelho/TV Globo
O motorista de aplicativo que foi baleado em uma perseguição policial no domingo (10), recebeu alta no fim da manhã desta segunda-feira (11) do Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio. Bruno Patrocino Bastos, de 46 anos, conta que foi atingido quando ia abastecer em um posto de combustíveis.
“A polícia está alegando que eu estava na contramão, que estava na Linha Amarela. Eu nem passei pela Linha Amarela, eles confundiram o carro. Eu estava indo para o posto, para abastecer. Não estava indo na contramão. E, de repente, apareceram duas viaturas, na esquina da rua, já atirando”, afirmou Bruno.
Ele considera “sorte” ter sobrevivido e afirma que viveu o “terror”.
“Eu tive muita sorte. Eles me socorreram na hora, que eles viram que erraram. Na hora eles ficaram falando que eu não parei, sendo que eu não passei nem por eles, em momento algum. Eu só vi a polícia e recebi tiro. Eu estava na Rua Engenho da Rainha, que fica no bairro de Inhaúma, próximo a 44 DP. Estava descendo a rua, devagar, e, do nada, eles apareceram e começaram a atirar. Espero justiça. É um milagre eu estar saindo agora do hospital”, disse o motorista.
Bruno conta que as imagens do carro recebendo os tiros não saem de sua memória.
“Passou na minha cabeça, na hora, que eu ia morrer. Porque era muito tiro, muito tiro, muito estilhaço de vidro. Um pavor, um terror”, afirmou.
Esta reportagem está em atualização.
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