Taxa de desmatamento cai 29% em um ano no Amazonas, aponta Inpe


Dados são do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Amazônia Legal no Amazonas
Bruno Kelly/Reuters
A taxa de desmatamento da Amazônia entre agosto de 2023 e julho de 2024, no estado do Amazonas, apresentou uma redução de 29% comparada ao mesmo período entre 2022 e 2023, segundo o relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
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De acordo com o relatório, a área desmatada no estado foi de 1.143 km² . No balanço divulgado no ano anterior, a área desmatada foi de 1.610 km².
Dentre os estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal, o Amazonas foi o terceiro que mais apresentou redução dentro do período avaliado, atrás apenas do Mato Grosso e Rondônia. Roraima foi o único estado a apresentar aumento.
O biólogo Leonardo Paz avalia a redução de forma positiva e atribuí a redução apresentada no Amazonas a fatores como fiscalização e conscientização. Ele também ressalta que o avanço tecnológico possibilitou um monitoramento mais preciso, o que ajuda no combate ao desmatamento.
“Tem um grande fator que é a maior introdução de tecnologias que auxiliam a fiscalização e os sistemas de alerta e monitoramento, permitindo melhores planejamentos de operações para impedir o desmatamento. Também tem a aplicação de tecnologias de monitoramento desenvolvidas no Brasil, que diminui custos com equipamentos e agiliza a obtenção dos materiais”, diz o especialista.
Amazônia legal
Em toda a Amazônia legal a redução no desmatamento foi de 30% aponta o levantamento do Inpe. A área desmatada na Amazônia foi de 6.288 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024.
Com essa redução de 2776 km², a taxa divulgada este ano é a menor para uma temporada do Prodes desde 2017.
Amazônia na região de Lábrea, interior do Amazonas
Bruno Kelly/Reuters
Desmatamento cai, queimadas sobem
Embora, os números apresentem redução no desmatamento, o Amazonas registrou 24.965 mil queimadas entre 1º de janeiro de 2024 até esta segunda-feira (11) e, com isso, já é considerado o pior no número de focos de calor desde 1998, quando o Inpe começou a série histórica.
Até então, o pior índice de queimadas no Amazonas tinha sido registrado em 2022, quando o estado contabilizou 21.217 focos de calor. Já em 2023, foram quase 20 mil.
O estado está e emergência ambiental por conta das queimadas. O problema também gerou uma onda de fumaça que atingiu todas as 62 cidades amazonenses, incluindo a capital Manaus. Em agosto deste ano, uma mancha de fogo com cerca de 500 quilômetros de extensão chegou a cobrir o estado.
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