Dólar abre em leve baixa, ainda com otimismo global pela expectativa de corte de juros nos EUA


No dia anterior, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,63%, aos 134.153 pontos, próximo à máxima história, de 134.194 pontos. A moeda norte-americana, por sua vez, subiu 0,27%, cotada em R$ 5,4833. Painel mostra variação de mercado na B3, em São Paulo.
Amanda Perobelli/Reuters
O dólar abriu em baixa nesta sexta-feira (16), enquanto os mercados globais seguem o movimento de alta observado na véspera, com a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos.
Nesta semana, dados do Departamento do Comércio mostraram que a inflação anual norte-americana chegou ao menos nível em três anos, reforçando a visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central do país) deve reduzir suas taxas em sua próxima reunião, que ocorre em setembro.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h, o dólar caía 0,05%, cotado a R$ 5,4805. Veja mais cotações.
No dia anterior, a amoeda americana teve alta de 0,27%, cotada em R$ 5,4833.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,57% na semana;
recuo de 3,02% no mês;
alta de 13% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,63%, aos 134.153 pontos, renovando o maior patamar do ano e próximo à máxima histórica de fechamento, de 134.194 pontos. Na máxima, chegou a 134.574 pontos.
Com o resultado, o índice acumulou:
alta de 2,71% na semana;
avanço de 5,09% no mês;
perdas de 0,02% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Desde a quarta-feira (14), o Ibovespa e outros índices de ações foram beneficiados pelos mais recentes dados de inflação nos Estados Unidos. E uma bateria de resultados corporativos favoráveis também ocupou as atenções.
O Índice de Preços ao Consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em julho, acumulando uma alta de 2,9% em 12 meses. O resultado veio em linha com as expectativas de mercado.
Excluindo os componentes voláteis da inflação — alimentos e energia —, o CPI subiu 0,2% em julho e 3,2% em 12 meses, no menor aumento anual desde abril de 2021.
Apesar de o resultado continuar acima da meta do Fed, de 2%, o comportamento mais benigno dos preços abre espaço para que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) inicie um processo de queda da taxa de juros americanos na sua próxima reunião, em 17 e 18 de setembro.
Essa já é a aposta do mercado financeiro há algum tempo, mas ganha força com os dados de inflação. Segundo a ferramenta FedWatch, do CME, que mede as projeções de participantes do mercado financeiro sobre as taxas de juros americanas, 100% do mercado espera um corte nas taxas no próximo mês.
Os especialistas e investidores só se dividem em relação a qual será o tamanho do corte: 75% esperam uma redução de 0,25 ponto percentual (p.p.), enquanto 25% esperam um corte de 0,50 p.p. Atualmente, as taxas de juros no país estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.
A expectativa por juros menores anima os mercados globais porque, quanto menores as taxas, menores são as rentabilidades oferecidas pelos títulos públicos americanos (considerados os mais seguros do mundo), e maior a migração de investimentos para outros ativos com maior risco.
Nesse sentido, ao passo em que o dólar se desvaloriza em nível global, os mercados de ações de vários países vivem pregões de alta. Na Europa, a maioria dos principais índices acionários sobem, enquanto na Ásia, onde os mercados já fecharam, o dia também foi de valorização das bolsas.
Além dos juros, as vendas no varejo dos EUA subiram 1% em julho, depois de uma queda revisada para baixo de 0,2% em junho. O número alivia os temores de que uma forte desaceleração econômica no país.

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