Perfurações no cobertor e nas costas: evidências indicam que mulher foi morta a facadas pelo ex enquanto dormia, diz delegado


Élida Renata Benedito de Oliveira Abreu, de 39 anos, foi encontrada morta dentro de casa em Guariba (SP) no domingo (10). As evidências recolhidas pelos investigadores no local onde Élida Renata Benedito de Oliveira Abreu, de 39 anos, foi encontrada morta no domingo (10) em Guariba (SP) reforça a suspeita de que a vítima foi esfaqueada pelo ex-companheiro enquanto dormia, afirma o delegado Reginaldo Felix.
O principal suspeito é Rogério dos Santos Jesus. Ele não foi encontrado pelas autoridades até a última atualização desta notícia, assim como a arma usada no crime. A reportagem não conseguiu um posicionamento da defesa do suspeito nesta segunda-feira (11).
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Segundo Felix, os indícios que reforçam a suspeita de que a vítima estava dormindo quando foi atacada são as marcas de facadas nas costas da vítima – cerca de dez – e perfurações no cobertor que ela usava.
Élida Renata Benedito de Oliveira Abreu e o ex-companheiro, Rogério dos Santos Jesus, de Guariba (SP)
Reprodução/EPTV
No local, a perícia também encontrou documentos do suspeito que reforçam a hipótese de que ele havia voltado a morar com a vítima, mesmo sendo alvo de medida protetiva e com um histórico de violência doméstica.
Para o delegado, Élida primeiro foi agredida a facadas enquanto estava deitada na cama para depois ser arrastada até a sala, onde foi deixada.
Élida Renata Benedito de Oliveira Abreu foi morta a facadas em Guariba, SP
Reprodução/Instagram
“Essas evidências que nós coletamos dão a entender que ela foi agredida enquanto dormia e de uma certa forma isso impediu que ela reagisse, porque ela em um momento totalmente desatenta, isso aí para fins de responsabilização vai agravar a pena do suspeito”, analisa o delegado.
Morte a facadas e testemunha ferida
O crime aconteceu em uma casa na Avenida Otávio Rangel. Avisados por vizinhos, que ouviram gritos da vítima, policiais militares foram ao local por volta das 6h de domingo.
Élida morreu no local, e a perícia constatou que ela foi golpeada pelo menos 22 vezes, a maioria nas costas, mas também na garganta, na mão e no rosto.
De acordo com Felix, a polícia apurou ainda que uma terceira pessoa – uma testemunha não identificada pela polícia – estava na casa no momento das agressões e também foi agredida por tentar proteger Élida, mas sobreviveu.
“Essa testemunha que estava lá com ela, que também estava ferida, ela nos relatou que presenciou o fato, o autor desferindo as facadas, e quando tentou interceder para defender a vítima foi golpeado também com uma facada no tórax e outro na cabeça. Ele só não veio a óbito porque conseguiu fugir da casa da vítima em um momento que tentava socorrê-la e foi perseguido pelo suspeito com a faca na mão e só escapou porque ele entrou na casa da mãe dele”, diz.
Para os próximos passos das investigações, o delegado aguarda resultados de laudos, pretende ouvir mais testemunhas e procura imagens de câmeras de segurança das imediações.
“Temos um suspeito já em mente, estamos trabalhando no sentido de coligir todas as provas, todas as evidências possíveis pra representar para o poder judiciário e o Ministério Público as próximas fases, as providências cabíveis”, afirma.
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