Percentual de abstenção nas últimas eleições municipais cresceu em Uberlândia; veja expectativa para o pleito de 2024


No dia 6 de outubro, 530.871 eleitores são esperados para eleger os representantes dos poderes Executivo e Legislativo do município. Urna eletrônica
Justiça Eleitoral
No dia 6 de outubro, 530.871 eleitores devem ir às zonas eleitorais em Uberlândia para eleger os representantes dos poderes Executivo e Legislativo municipais. Em comparação com o pleito de 2020, o número de eleitores aptos cresceu 5,7%.
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O aumento de eleitores também foi registrado do pleito de 2016 para 2020, passando de 478.250 para 486.550. No entanto, nessas duas eleições municipais, outro dado chamou a atenção: o aumento no número de abstenções no primeiro turno.
Em 2016, 80,65% (385.705) dos eleitores aptos participaram da votação, enquanto 19,35% (92.545) das pessoas não compareceram às urnas.
Já em 2020, no primeiro turno, a taxa de abstenção subiu para 25,92% (126.117 pessoas), com 74,08% (360.433) dos eleitores votando.
O recorte por faixa etária mostra, ainda, que os eleitores de 30 a 34 anos e aqueles de 25 a 29 anos apresentaram uma variação maior em pontos percentuais no comparativo com a abstenção de 2016.
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Motivos para abstenção
De acordo com o cientista social e professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Moacir Freitas Júnior, não existe um único fator que cause abstenções. Os eleitores podem deixar de votar devido a problemas cotidianos ou, até mesmo, devido a falta de confiança na política.
“Vão de coisas de ordem pessoal, ‘aquele dia eu tive um problema e não pude ir’, ‘um familiar teve um problema’, o carro quebrou’, que são questões que não temos muito como prever, até questões mais de fundo da política, que tem a ver com um certo descrédito de que a política ainda é uma força transformadora da nossa sociedade, ainda consegue entregar resultados”, disse o cientista político.
Ainda conforme Moacir, parte da população se desconectou da política, passando a acreditar que o voto pouco interfere na vida dela.
“Sem dúvida é um prejuízo para a democracia. Toda vez que não participamos, não damos a nossa opinião, seja ela qual for, estamos nos ausentando de um processo que é definidor da nossa vida”.
“As pessoas têm uma ideia de que a política não faz diferença para a gente, mas na verdade é o oposto, ela faz toda diferença na nossa vida, desde a questão própria do bairro, um buraco na rua, a calçada que está ruim, postinho, até as questões mais profundas, como a educação funciona, como está o transporte público. Tudo isso é a política que resolve, então, se eu não participo do processo, estou deixando de participar de decisões da minha própria vida”, finalizou.
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