Família faz campanha de doação de sangue para criança de 4 anos diagnosticada com leucemia


Menina, que mora em Potirendaba (SP), descobriu a doença após apresentar sintomas como dores de cabeça e fraqueza. Médicos avaliam necessidade de transplante de medula. Vitória Quelins, 4 anos, com a mãe Carolina: menina, que mora em Potirendaba, começou tratamento de quimioterapia no HCM de Rio Preto depois de descobrir uma leucemia
Arquivo pessoal
A família de Vitória Cartache Martins Quelins, de quatro anos, que mora em Potirendaba (SP), iniciou uma campanha para doação de sangue após ela ser diagnosticada com Leucemia Linfoide Aguda (LLA), um tipo de câncer de sangue que afeta os glóbulos brancos e a medula óssea. O resultado dos exames saiu no começo de novembro.
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Por enquanto, Vitória divide a rotina entre os cuidados maternos, as brincadeiras e o tratamento que realiza duas vezes por semana no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP).
Às segundas-feiras, Vitoria passa por exame de contagem de plaquetas. Se o nível estiver baixo, ela recebe transfusão sanguínea. Às sextas-feiras, a criança é submetida à quimioterapia.
O desafio é continuar o tratamento, que deve durar dois anos, com o objetivo de avaliar se será necessário o transplante de medula óssea.
“Tem dias em que ela está mais disposta, mas não passou muito bem no fim de semana”, conta a comerciante Camila Martins Camilo, tia da menina.
Camila ajuda a irmã, a engenheira civil Carolina Martins, nos cuidados com Vitória. A mãe, que é viúva, trabalha em São Paulo (SP), mas foi liberada para atuar em home office de Potirendaba, até dezembro, para poder ficar mais próxima da filha em tratamento.
“Ainda bem que diagnosticamos rápido. Isso auxiliou no tratamento e aumenta as chances de cura”, finalizou a tia.
Diagnóstico
O drama de Vitória começou em agosto, quando surgiu a suspeita de anemia, ao passar por consulta pediátrica em Potirendaba. Os primeiros sintomas que a menina apresentou foram dores de cabeça e fraqueza. De acordo com a tia, foi iniciado um tratamento com ferro.
Em 25 de outubro, apareceram duas manchas vermelhas grandes nas laterais das nádegas, porém, sem sintomas. No dia seguinte, após um aniversário infantil, a menina começou a sentir indisposição e reclamou de dor de cabeça. Em seguida, o rosto ficou inchado.
As queixas de dores de cabeça e fraqueza também ocorreram quando ela estava na escola, em outras situações.
No dia 2 de novembro, após um forte mal estar quando passeava com a mãe em Rio Preto, a menina foi levada ao pronto-socorro. No local, os médicos constataram que a paciente estava com anemia profunda.
Vitória foi encaminhada ao HCM, quando os médicos descobriram uma hemorragia na cabeça. Eles iniciaram o tratamento com transfusão de plaquetas e cirurgia para drenar o sangue. A leucemia LLA de Vitória foi diagnosticada a partir de uma pulsão da medula.
Mobilização
Os médicos pediram para a família providenciar doações de sangue e também de medula óssea para um eventual transplante. Diante disso, os parentes começaram a divulgar e a pedir apoio pelas redes sociais.
Os interessados em ajudar podem comparecer ao Hemocentro de Rio Preto, na Avenida Jamil Feres Kfouri, 80, no Jardim Panorama.
Ainda segundo a família, independente da situação de saúde da menina, o objetivo é garantir mais doadores para ajudar outros pacientes que sofrem com câncer e outras doenças.
Oncologia infantil
A situação de Vitoria é semelhante à de outras crianças atendidas no setor de oncologia pediátrica do HCM. O hospital é referência para 102 municípios da região.
De acordo com dados da Oncologia Infantil do HCM, no primeiro semestre deste ano foram realizados 2.068 atendimentos a pacientes com até 14 anos de idade, entre consultas, internações e quimioterapias.
No mesmo período, o hospital realizou dez transplantes de medula óssea para crianças.
Além de médicos e enfermeiros, a equipe da Oncologia Infantil é composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais, dentistas e nutricionistas.
Em agosto, o HCM inaugurou uma quimioteca para acolher as crianças e as famílias em um ambiente lúdico, enquanto passam pelo tratamento. O espaço permite que todos se sintam “em casa” e fiquem à vontade durante os tratamentos.
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