Gaeco quer recuperar áudios e dados de celulares usados por delator do PCC para avançar em investigação


Informações que podem estar arquivadas em aparelhos de telefone celular usados por delator do PCC assassinado em Guarulhos pode auxiliar investigação sobre execuções e esquema de corrupção policial, segundo investigadores. Vinicius Gritzbach negociava delação premiada com o Gaeco, grupo de investigações do PCC no MP-SP onde Lincoln Gakiya faz parte.
Reprodução
O Ministério Público do Estado de São Paulo quer recuperar áudios e dados, incluindo mensagens, de telefones celulares usados por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) assassinado no desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na última sexta-feira (8).
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizad (Gaeco), do Ministério Público Estadual de São Paulo, a necessidade de recuperação desses dados decorre da suspeita de que Grtizbach só tenha dado um acesso parcial ao material que detinha quando negociou com os promotores o acordo de delação premiada.
“O Vinicius só entregava o que interessava a ele”, explica um dos promotores do caso, ao se referir a um áudio específico gravado pelo próprio Gritzbach, que comprovaria que ele estava sendo supostamente ameaçado por policiais corruptos. A Secretaria Estadual da Segurança Pública anunciou nesta quarta-feira (13) o afastamento de policiais civis denunciados pelo empresário.
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O grupo de policiais – a Secretaria da Segurança não informou quantos deles, de fato, foram afastados – é suspeito de uma série de crimes, como concussão (extorsão cometida por funcionário público em razão de sua função), corrupção passiva e organização criminosa.
O Gaeco suspeita que Gritzbach editou áudios antes de repassá-los durante a negociação do acordo de delação premiada e ainda possa ter omitido o nome de policiais envolvidos no suposto esquema de corrupção.
Por isso, a Promotoria quer agora recuperar esse material dos aparelhos utilizados pelo delator do PCC para avançar na investigação sobre o assassinato do delator.
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Arte/ g1
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