PF apreende em SC notebook e pen drive de homem morto em explosões em frente ao STF


Homem foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, em 2020, mas não se elegeu. Dono de carro que explodiu é confirmado como o morto na Praça dos Três Poderes
A Polícia Federal fez buscas nesta quinta-feira (14) no endereço em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, ligado a Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, autor das explosões perto do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Agentes levaram um notebook e um pen drive do local.
A Polícia Militar também acompanha a ação. O homem foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, em 2020, mas não se elegeu. Além de Santa Catarina, a Polícia Federal fez buscas na casa em que ele havia alugado em Brasília.
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As explosões ocorreram na noite de quarta (13), em um intervalo de cerca de 20 segundos. No porta-malas do veículo, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, foram encontrados fogos de artifício e tijolos.
O intervalo entre as explosões nos dois locais foi de 20 segundos. Bombeiros e militares especializados em explosivos estão no local para fazer uma varredura. Até a manhã desta quinta não havia sido retirado.
A Polícia Militar do Distrito Federal fez uma varredura, na manhã desta quinta-feira (14), na Praça dos Três Poderes. Por conta disso, as atividades no Supremo e na Câmara foram suspensas até o meio-dia. Já o Senado decidiu cancelar o expediente.
Dono de carro que explodiu na frente do STF foi candidato a vereador pelo PL
1 – Foram quantas explosões?
Não havia um número exato de explosões até a última atualização desta reportagem. Porém, é possível afirmar que foram dois eventos principais com explosões, em um intervalo de 20 segundos. Primeiro, às 19h30, em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Na sequência, outra explosão que matou um homem em frente ao STF.
3 – Quais artefatos foram usados?
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações oficiais sobre quais tipos de artefatos explosivos foram usados pelo homem. O esquadrão antibombas foi acionado e fez uma varredura nos locais.
No porta-malas do veículo do homem foram encontrados materiais parecidos com explosivos e tijolos, além de outros objetos. Também foram registradas imagens com fogo e fumaça no veículo. Parte das explosões no carro se parecia com fogos de artifício.
Francisco Wanderley Luiz
Reprodução/Redes sociais
4 – O que aconteceu antes das explosões?
Antes da explosão em frente ao STF, o Francisco Wanderley Luiz tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou outro explosivo na nuca.
Em um relato à Polícia Civil, um segurança do STF afirmou que o homem estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, alguns artefatos e um extintor. Quando o segurança tentou se aproximar, o homem “abriu a camisa” e o segurança viu algo semelhante a um relógio digital, acreditando ser uma bomba. Dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e estouraram antes dele se deitar no chão.
No Boletim de Ocorrência, também consta que o homem compartilhou mensagens pelo aplicativo WhatsApp que antecipavam o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, “manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições”.
Segundo a Polícia Civil, ele alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, dias atrás. O Boletim de Ocorrência afirma que na casa, que passava por perícia até a última atualização desta reportagem, policiais encontraram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Francisco. Uma testemunha informou aos policiais que o homem esteve no local e usava uma “carretinha” no veículo.
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