Dólar abre em alta, encerrando mais uma semana com as contas públicas no centro das atenções


No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,36%, cotada a R$ 5,7904. Já o principal índice de ações da bolsa de valores avançou 0,03%, aos 127.734 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (14), manhã seguinte às explosões na praça dos Três Poderes, em Brasília e com o cenários fiscal ainda no radar.
Os explosivos detonados perto do Supremo Tribunal Federal (STF), além de reascenderem as discussões e cautela com a violência política, também reduziu as expectativas de que o governo anuncie o pacote de corte de gastos ainda nesta semana.
No fim da tardes desta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar sobre o pacote e disse que já estava pronto para anunciá-lo, aguardando apenas o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As explosões, no entanto, podem fazer com que o anúncio demore mais alguns dias. Há expectativa de que o pacote seja divulgado após o encontro do G20, que ocorre no começo da próxima semana.
No exterior, o mercado espera por novos dados de inflação nos Estados Unidos, dessa vez o Índice de Preços ao Produtor, além de números do mercado de trabalho.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 9h, o dólar subia 0,31%, cotado a R$ 5,8084. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda subiu 0,36%, cotada a R$ 5,7904.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,93% na semana;
avanço de 0,16% no mês;
ganho de 19,33% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice encerrou em alta de 0,03%, aos 127.734 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,08% na semana;
perdas de 1,53% no mês;
recuo de 4,81% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Mais uma semana caminha para se encerrar com o cenário fiscal brasileiro como o foco principal dos investidores no país. No último pregão desta semana — já que amanhã é feriado de Proclamação da República e a bolsa de valores não abre —, o mercado continua na expectativa pelo anúncio dos cortes de gastos.
Essa espera já dura mais de duas semanas. Inicialmente, investidores acreditavam que o pacote seria anunciado logo após o fim do segundo turno das eleições municipais. No entanto, as negociações para decidir quais ministérios seriam atingidos pelos cortes se estenderam e foram concluídas nesta semana.
Agora, o pacote entrou na fase de receber apoio do Congresso e, nesta quarta, o presidente Lula chamou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para uma reunião.
Já no exterior, o foco ficou com os novos dados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O indicador registrou uma alta de 0,2% em outubro, em linha com as estimativas do mercado.
O número também veio no mesmo patamar registrado pelo indicador em setembro, o que sugere que o progresso da inflação em direção à meta do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), de 2%, desacelerou.
Esse cenário corrobora com a visão de que o Fed pode precisar fazer menos cortes de juros ao longo do próximo ano, mantendo as taxas norte-americanas em patamares elevados por mais tempo.
Isso tende a aumenta a rentabilidade dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA), considerados os ativos financeiros mais seguros do mundo — o que deixa os países emergentes, como o Brasil, menos atrativos para o investidor estrangeiro.

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