Polícia apura envolvimento de segundo torcedor do Botafogo em caso de racismo no Engenhão


O advogado Vinicius Ramos de Andrade e Silva, de 35 anos, foi identificado e é investigado por imitar um macaco. Torcedor do Botafogo é flagrado fazendo gestos racistas durante jogo contra Palmeiras no Engenhão
Reprodução
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) identificou nesta quinta-feira (15) um torcedor do Botafogo que foi filmado fazendo gestos racistas durante uma partida contra o Palmeiras no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, localizado na Zona Norte do Rio, na última quarta-feira (14). A polícia quer identificar o homem que aparece ao lado dele nas imagens.
Trata-se do advogado Vinicius Ramos de Andrade e Silva, de 35 anos, morador de Maricá, na Região dos Lagos. Até esta quinta, ele era lotado na Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Maricá. No entanto, foi exonerado.
A Decradi apura a participação de uma segunda pessoa no caso, que é investigado como racismo.
Também nesta quinta, o vice-presidente executivo da SAF Botafogo, Jonas Decorte Marmello, registrou um boletim de ocorrência, na Decradi.
Na especializada, Marmello apresentou um vídeo em que “é possível ver dois torcedores fazendo gestos provocativos, sendo que um aparantemente imita um macaco e alisa sua pele e um outro parece gritando a palavra ‘macaco’ duas vezes enquanto gesticula”.
O Botafogo fez uma “averiguação interna” e conseguiu identificar Vinicius como sendo o homem que imita um macaco e alisa sua própria pele.
Em nota, o prefeito Fabiano Horta (PT) condenou com veemência os sucessivos casos de racismo no futebol e afirmou que a prefeitura já informou ao clube e às autoridades policiais a identificação do homem.
“O racismo é um crime que fere o ser humano em sua dignidade, e a nossa gestão não tolera qualquer forma de preconceito”, disse o prefeito.
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