Inocência é reforçada pela falta de pistas, diz defesa

Inocência é reforçada pela falta de pistas, diz defesa

O vigilante acusado pelo desaparecimento da jovem Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, em Tibagi, na região central do Paraná, há cerca de cinco meses, reafirmou ser inocente. Marcos Vagner foi interrogado na retomada das audiências de instrução do processo, nesta quinta-feira (14). Nesta fase, a Justiça define se o caso vai ser levado a júri popular ou não. A defesa disse, em nota, que “está convicta na inocência do acusado”. O advogado do vigilante alega “a completa ausência de quaisquer indícios que demonstrem ter sido ele o responsável pelo desaparecimento de Isis”. A defesa de Marcos Vagner sustenta que a vida dele “foi devassada, todos os seus passos foram seguidos e nenhuma pista do paradeiro de Isis foi encontrada, o que claramente demonstra a sua inocência”. Depois das testemunhas, o réu foi o último a ser ouvido. As audiências de instrução tinham começado há quase um mês, mas foram suspensas três dias depois. O acusado foi interrogado por videoconferência. Ele está preso desde a época do desaparecimento, há cerca de cinco meses. Para a defesa da família da jovem, Marcos Vagner foi “inconsistente” ao tentar justificar as evidências.

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Uma das advogadas destacou que, quando o réu tentou explicar a presença do carro dele no local em que buscas foram feitas, há alguns dias, o vigilante disse que estacionou naquela área de mata extensa para “não pegar sol”, enquanto aguardava o advogado. Para a defesa da família de Isis, essa é “uma versão, no mínimo, muito questionável”. Em nota, a advogada também lembrou que “na época em que Isis desapareceu, Marcos Vagner trocou mensagens com o tio de Isis e mentiu não ter se encontrado com a jovem”. Durante a audiência de instrução, o réu citou que “a jovem iria revelar à família sobre a gravidez e que ele não queria atrapalhar a surpresa”. O vigilante responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento da vítima. O inquérito da Polícia Civil concluiu que, apesar de não haver corpo, os indícios são suficientes para afirmar que houve homicídio e que Marcos Vagner foi o autor do crime.

Informação: Cleverson Bravo e Vanessa Fontanella

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