Detentos do regime semiaberto são mortos a tiros na BR-262 no ES


Crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (18). As duas vítimas saíam todos os dias da Penitenciária Agrícola, em Viana, para trabalhar. Detentos do regime semiaberto são mortos a tiros em BR em Viana
Dois detentos do regime semiaberto da Penitenciária Agrícola do Espírito Santo foram mortos a tiros após saírem do presídio para trabalhar nesta segunda-feira (18). Joelson Oliveira dos Santos, de 30 anos, e Ivan Valiati, de 47 anos, seguiam para o ponto de ônibus quando foram atingidos, às margens da BR-262, em Viana, na Região Metropolitana.
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Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Joelson estava preso desde agosto de 2013 e respondia por dois homicídios cometidos em Vila Velha, na Grande Vitória. A previsão para que o condenado passasse a cumprir a pena em liberdade era novembro de 2025.
Complexo Penitenciário de Viana, no ES
Reprodução/ TV Gazeta
Ivan estava na unidade desde março deste ano pelos crimes de homicídio qualificado e porte de arma de uso restrito, cometidos em Portugal. O condenado era do Rio de Janeiro, mas veio para o estado após solicitar extradição para o Brasil.
A previsão para início do regime aberto no caso de Ivan era abril do próximo ano.
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Os dois receberam o benefício da saída temporária em novembro e retornaram para a unidade no último dia 7.
Segundo o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, a motivação para as execuções ainda é desconhecida e os dois internos tinham histórico de bom comportamento.
“Eram dois presos do regime semiaberto de bom comportamento. Um deles estava há muito tempo preso, desde 2013, outro que chegou recambiado de Portugal recentemente, portanto nem o crime dele é aqui no Espírito Santo. A única coisa que os liga neste momento é a saída para o trabalho. Então há várias possibilidades que a gente tem que deixar para a Polícia Civil, inclusive deles não serem as vítimas inicialmente pretendidas, porque não há histórico de rivalidade entre eles e outros grupos dentro da unidade prisional”, ponderou Pacheco.
A Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Viana. Até a publicação desta reportagem, nenhum suspeito foi detido. Outros presos que também saíam do trabalho estão sendo ouvidos para ajudar nas apurações.
Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, onde passarão pelo processo de necropsia. Posteriormente, serão liberados para os familiares.
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