Empreendimentos femininos começam por necessidade e não se formalizam por insegurança, aponta especialista


Dia Mundial do Empreendedorismo feminino é comemorado nesta terça (19). Responsabilidade multitarefas das mulheres como um dos fatores que contribuem para o menor número de negócios formalizados. Veja cenário na região de Piracicaba (SP). Dia Mundial do Empreendedorismo feminino é comemorado nesta terça-feira, 19 de novembro.
Facebook/ reprodução
Segundo dados fornecidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), o número de Microempreendedores individuais (MEIs) femininos em sete cidades da região ainda é menor do que os masculinos, que, em geral, apresentam mais da metade do total.
👩O Dia Mundial do Empreendedorismo feminino é comemorado nesta terça-feira (19). O g1 falou com a analista de negócios do Sebrae-SP, Débora Rodrigues, sobre o cenário das mulheres empreendedoras e citou os fatores que ainda impedem índices igualitários.
Em Piracicaba, o número de MEIs femininos corresponde a 47,2% do total de empreendimentos na cidade. Já os negócios masculinos figuram como 52,8% do total.
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📈Em dados fornecidos pelo cidades da região, o índice se repete, com o número de MEIs masculinos sendo maior que os femininos na maiores cidades da área de cobertura do g1 Piracicaba e região. Confira na tabela, abaixo, o balanço comparativo de empreendedores individuais, por municípios:
Número de MEIs femininos na região de Piraciaba
Desafios para a formalização feminina
A analista de negócios do Sebrae-SP Débora Rodrigues explica sobre o número de empreendimentos femininos, citando as tarefas geralmente atribuídas às mulheres como um dos motivos pelos quais elas acabam não formalizando o negócio.
“As mulheres muitas vezes é líder de família, responsável pela educação dos filhos, por cuidar dos seus pais, inseguras quanto ao futuro, então essa questão é uma variável que impacta na tomada de decisão para elas se formalizarem”, explica.
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Reprodução / GettyImagens
Ela continua falando sobre a questão da segurança, que mulheres precisam se sentir muito seguras antes de formalizar o empreendimento. Isso faz com que muitas sigam na informalidade, principalmente nas áreas de confeitaria e prestação de serviços de beleza.
Tudo isso segundo Débora, se deve ao fato de que grande parte começa a trabalhar por conta própria sem um planejamento prévio, movidas pela necessidade. A analista frisa importância de formalizar o empreendimento para ter acesso aos direitos fornecidos.
Mulheres buscam mais conhecimento
Débora acredita que, apesar de ainda não estar em pé igualitário, a tendência é que as formalizações femininas cresçam, em especial a medida em que as mulheres buscam se informar e se especializar, atingido números iguais ou até maiores que os homens.
A formação e o conhecimento geram confiança, que acaba levando em direção ao processo de formalização. Segundo a analista, as mulheres acabam buscando mais por conhecimento.
“Eu percebo que geralmente as mulheres são mais capacitadas ao comparativo dos homens, quando a gente fala de busca de conhecimento técnico, de competências, de habilidades, elas buscam muito mais.”
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