Decisão judicial obriga Cemig a adotar medidas para evitar quedas de energia em Virginópolis


Decisão foi a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Companhia tem 30 dias para apresentar soluções. Sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em Belo Horizonte
Eric Bezerra/MPMG
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve, na Justiça, a antecipação de tutela contra a Cemig Distribuição S/A para que a empresa apresente, em 30 dias, um plano de ação para evitar interrupções indevidas no fornecimento de energia no município de Virginópolis.
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A decisão atende ao pedido feito pelo MPMG em Ação Civil Pública proposta em novembro, por meio da Promotoria de Justiça de Virginópolis, após a instauração de uma investigação preliminar para apurar as repetidas e duradouras interrupções no fornecimento de energia elétrica na cidade.
Em caso de descumprimento da determinação judicial, a decisão concedida pela Vara única da Comarca de Virginópolis prevê penalidades para a Cemig. Se a concessionária não apresentar o plano de ação no prazo estipulado ou não iniciar sua execução conforme previsto, haverá a imposição de multa diária de R$ 100 mil, a ser revertida para o Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEPDC).
A decisão judicial também determinou a realização de audiência de conciliação na qual as partes poderão apresentar propostas para resolução da questão de forma definitiva. A realização da audiência não desobriga a Cemig a apresentar, em 30 dias, o mencionado plano de ação.
O promotor de justiça de Virginópolis, Lucas Augusto Resende Monteiro, esclarece que a população de Virginópolis vem sofrendo com constantes quedas de energia, situação que se intensificou a partir do segundo semestre desse ano. Ele informa que as quedas constantes, além de privarem os consumidores de usufruírem de diversos direitos que dependem da energia elétrica, causam danos patrimoniais e prejudicam o trabalho daqueles que utilizam a internet. Segundo ele, o Ministério Público apurou que as quedas constantes também estão prejudicando os serviços prestados por diversos órgãos públicos, entre eles o Poder Judiciário e as Polícias Civil e Militar. “Com a decisão judicial, espera-se que a Cemig adote ações céleres e efetivas para solucionar o problema”, afirma.
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